Bancada petista pode definir novo presidente da Câmara de Araraquara

Márcia Lia
A eleição para presidente da Câmara de Araraquara, marcada para a última sessão ordinária deste ano - 7 de dezembro -, deve ser definida pela bancada petista, que ainda não definiu seu voto. Até o momento, os candidatos ao cargo são Elias Chediek Neto e Aluísio Braz, o Boi, ambos do PMDB.

A reportagem da Tribuna apurou que, sem o voto dos petistas, o placar está 6 x 3 para Chediek, que conta, além do seu próprio voto, com o de Ronaldo Napeloso (DEM), Juliana Damus (PP), Raimundo Bezerra (PP), Roberval Fraiz (PRB) e Tenente Santana (PSDB), todos integrantes da base governista. Em Boi, votam ele, Paulo Maranata (PR), Serginho Gonçalves (PMDB) e Luís Cláudio Lapena Barreto (PV), os três remanescentes do antigo Grupo dos Cinco (G5) - G4, desde que Santana passou a líder do prefeito Marcelo Barbieri no Legislativo -, que se diz independente.

Se a bancada petista, formada por Carlos Nascimento, Márcia Lia e Édio Lopes, decidir unanimemente pelo voto em Boi, ele é eleito à presidência da Casa por 7 a 6. Basta, porém, um deles votar em Chediek para que este leve o cargo.

Oficialmente, a bancada petista declara-se, até o momento, indecisa. O partido declara que ouvirá dos candidatos seus projetos para a Casa antes de fechar apoio. Por esta razão, Chediek e Boi devem receber na próxima semana documento do PT com as diretrizes pretendidas pela legenda para o Legislativo. "Eu estou com meu voto indefinido e adianto que nenhum dos dois candidatos preenche todas as qualidades para colocar em prática o projeto que queremos. Estamos pensando em projeto e não em nomes", declarou Carlos Nascimento (PT).

Nos bastidores da Câmara, porém, comenta-se que a intenção dos petistas é mesmo fechar com Boi, que preencheria melhor os requisitos para executar as diretrizes preconizadas pela legenda.

"Queremos um projeto que proporcione mais autonomia da Câmara em relação ao Executivo. Hoje existe uma interferência negativa, que prejudica a população. Queremos cursos de qualificação para vereadores e maior interlocução com a sociedade", diz Márcia Lia, líder da bancada petista. Ela avalia como "difícil" sua relação com Chediek, que durante os oito anos de governo do ex-prefeito Edinho Silva (PT) foi o principal vereador de oposição na Câmara. "Nestes dois anos de governo do Marcelo até aqui, também não tem sido fácil porque ele não é aberto a discussões e tem grandes dificuldades em conviver com o PT. O Boi é mais tranquilo para o diálogo, sabe ouvir as pessoas", comenta a vereadora.
Plataformas
Boi e Chediek falaram em outubro de suas propostas para a presidência da Mesa Diretora. Chediek declarou que pretende aumentar a divulgação do trabalho dos vereadores na sociedade e levá-lo aos bairros. Boi disse que quer democratizar as decisões da presidência, levando para debate todas as ações administrativas da Casa.

fonte: Araraquara.com

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