Afirmamos impressionante o número, pois a receita líquida projetada foi de R$ 343.800.000 e até o mês de novembro alcançou os R$ 326.238.102 e faltando apenas um mês para terminar o exercício, um otimista apostaria na casa dos R$ 360 milhões de arrecadação até o último dia de dezembro. Um poder deve controlar o outro, o legislativo de Araraquara não cumpre seu papel.
Analisando as despesas, o novo déficit orçamentário já é fato. Até o último dia do mês de novembro, a prefeitura empenhou, assumiu despesas, na ordem dos R$ 369.303.655. Como os empenhos da folha estão sendo feitos todos os meses e considerando a segunda parte dos décimo terceiro e seus encargos, é previsível que as despesas devam ultrapassar os R$ 400 milhões. Em números redondos, o déficit orçamentário de 2010 será próximo dos R$ 40 milhões, uma temeridade.
O mais grave do problema é a composição do déficit, majoritariamente constituído de despesas correntes. Esta situação coloca uma enorme pressão na gestão municipal. A precarização do serviço público é uma realidade de Araraquara já faz algum tempo. E não é só a administração direta que sofre. A CTA vem sendo duramente penalizada com o atraso constante de pagamentos por parte da Prefeitura. Resultado: sucateamento da frota.
Como o governo federal fará um ajuste fiscal, 2011 promete ser um ano bastante agitado também na esfera municipal. O próprio resultado das eleições da Mesa da Câmara é um indicador.
