Prefeito de Araraquara passa a receber R$ 16 mil

A pedida inicial era R$ 18 mil, mas para evitar um racha na base de apoio governista na Câmara, a Prefeitura concordou com uma solicitação do vereador Elias Chediek Neto (PMDB) e a remuneração do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) passará dos atuais R$ 9,8 mil para R$ 16 mil. O vice receberá R$ 8 mil e os secretários municipais, R$ 7 mil.
O problema não era tanto com relação ao subsídio do prefeito, mas sim o dos secretários. Parte da base entendia que não havia necessidade de reajustar também os vencimentos dos auxiliares escolhidos para ocupar as secretarias. Após muitas negociações durante todo o dia, os reticentes acabaram convencidos.
Quem serviu de ‘bombeiro’ e acabou conseguindo reduzir os valores inicialmente previstos foi Chediek. No ofício enviado à Câmara, a Prefeitura solicitava R$ 18 mil para Barbieri, R$ 9 mil para o vice Walter Merlos e R$ 7,8 mil para os secretários. Mesmo com a sessão já iniciada, os celulares não paravam de tocar.
Por volta das 17 horas, João Farias (PRB), líder do governo no Legislativo, solicitou a suspensão da sessão por cinco minutos para apresentar uma nova proposta. A base governista fechou-se, então, em uma sala e, pouco depois, saiu pacificada e pronta para votar.

Discussões

O discurso básico dos defensores da proposta foi a dificuldade para o pagamento e fixação de médicos na rede básica de saúde e os dez anos de congelamento do salário do prefeito, além da necessidade de uma remuneração atrativa para atrair bons quadros para o secretariado.

A oposição argumentou que não havia justificativa para o reajuste fora de época. Márcia Lia, líder da bancada do PT, questionou que os valores são muito elevados. Ela lembrou que quando a Prefeitura contratou uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) para gerir parte das unidades municipais da saúde, o argumento era que o Instituto Acqua ficaria responsável pelas contratações e o problema seria resolvido.
A vereadora petista afirmou também que em 2009, a própria Câmara já havia autorizado reajuste de 33,7% nos vencimentos dos médicos. "Se o reajuste proposto fosse pequeno, poderíamos pensar em votar a favor, mas assim não dá", disse. "A Prefeitura poderia dar mais para os servidores e menos para o prefeito e os secretários", completou.
Em sua linha de comparar as administrações, Farias retrucou afirmando que durante o governo Edinho Silva (PT), os servidores tiveram perdas salariais de 30% e admitiu que a contratação da Oscip "não solucionou o problema da saúde". Sempre no ataque, o líder do governo lembrou do caso que ficou conhecido como dos ‘super salários’ dos médicos na gestão petista.
"No governo anterior, tinha médico que trabalhava em dois lugares ao mesmo tempo, chegava a ganhar R$ 42 mil por mês e ainda fez campanha para vereador", disparou. "O prefeito Marcelo está sendo muito corajoso ao fazer o pedido de aumento e dividir esse ônus com a Mesa Diretora", concluiu.

fonte: Araraquara.com

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