Gastos do governo de SP com passagens sobem 16%

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assumiu o mandato pedindo auditoria das contas do Executivo paulista e contenção de gastos - especialmente com viagens. Mas nos dois primeiros meses de gestão as despesas com passagens e locomoção do governo paulista subiram 16,2% em relação ao mesmo período de 2010.
Dados do Tesouro estadual demonstram que o governo desembolsou neste ano R$ 26,7 milhões, em valores liquidados, com passagens. O montante é R$ 3,8 milhões maior do que o aferido no primeiro bimestre de 2010, de R$ 22,9 milhões.
O incremento nos gastos é baseado em levantamento feito pela liderança do PT na Assembleia, a pedido do Estado, no Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária (Sigeo), da Fazenda estadual.
O aumento vai na contramão do primeiro ato de governo de Alckmin. Em janeiro, como medida "cautelar", o tucano congelou R$ 1,5 bilhão do Orçamento paulista e disse a seus secretários para "andar de helicóptero só em caso de enfarte do miocárdio". Emitiu, sobretudo, um alerta para contenção de gastos e custeio.
Ao todo, das 25 secretarias paulistas, 15 incrementaram os gastos com passagens, apenas 3 viram redução nos valores e 3, recém-criadas, não têm base de comparação com 2010 para aferir a variação. Para o governo, "as despesas verificadas são perfeitamente compatíveis com o novo desenho" da gestão.
A secretaria com maior aumento no gasto com passagens foi a de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, tocada pelo vice-governador Guilherme Afif Domingos (DEM). O salto, de 136%, elevou o gasto de passagens a R$ 1,9 milhão, ante R$ 807 mil do mesmo período em 2010. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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