As erosões que ocorrem às margens de um trecho do Córrego do Cupim, no Jardim Cambuy, na Zona Norte, foram agravadas com a forte chuva de terça-feira e estão deixando os moradores em alerta. O local fica próximo a uma via pública e, se a situação piorar, colocará em risco pedestres e motoristas.
A reportagem da Tribuna Impressa esteve no local e observou que uma contenção construída pela Prefeitura segura a terra de um ponto, porém, uma área ao lado não foi protegida e contribui para o deslizamento de terra. A água da chuva arrastou parte da vegetação da encosta, que servia para evitar o deslizamento, deixando o local ainda mais vulnerável.
Motoristas e pedestres que sempre passam pela Avenida Professor Gustavo Fleury Charmillot temem que o avanço do desbarrancamento destrua parte da avenida, formando uma cratera e causado transtornos àqueles que utilizam a via.
O vereador Tenente Santana (PSDB) foi procurado por um grupo que pediu providências da Prefeitura para o local. Um documento foi encaminhado com urgência pelo vereador à Prefeitura, solicitando estudos técnicos para avalizar as possíveis adequações de combate à erosão no local.
Antes de procurar o vereador, Hélcio Barbosa Lima, de 60 anos, havia feito diversas denúncias à ouvidoria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Secretaria Municipal do Meio Ambiente e à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). "Fiz várias denúncias. O medo não é só por causa da via, mas também pelo local ser área de preservação do meio ambiente."
No documento, Santana relata a preocupação dos moradores e pede providências. "Fui conhecer de perto o problema, e é necessário barrar a erosão, pois pode acarretar riscos à população. É uma rua nova, que recebeu asfalto há pouco tempo. A avaliação deixará os moradores mais tranquilos e poderá também evitar mais transtornos à Prefeitura", explica o parlamentar.
O gerente de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente, Carlos Ferreira, afirma que a região é constantemente fiscalizada. Além do lugar apontado pelos moradores, segundo Ferreira, há outros com indícios de erosão. "Nas áreas de preservação, medidas de contenção estão sendo tomadas. O local, porém, está sob responsabilidade da Secretaria de Obras, por ser uma passagem em cima de córrego."
Relatório
Uma equipe da Secretaria de Obras esteve quinta-feira no local para avaliar os danos causados à estrutura, provocados pela erosão. Porém, ainda não há previsão de obras no local.
Segundo o secretário de Obras, Valter Rozatto, um documento solicitando uma análise da autarquia chegou ao final da tarde. "A equipe já chegou à situação, e um relatório deverá ser desenvolvido e, futuramente, um orçamento de reparos será feito."