Taquaritinga cria "rodoanel da cana"

Depois de dois anos de negociações, a Prefeitura de Taquaritinga conseguiu encontrar uma solução para acabar com o tráfego de caminhões que transportam cana-de-açúcar no perímetro urbano da cidade.
Em parceria com usinas e produtores, a Administração Municipal criou uma rota alternativa chamada de "Estrada da Cana", com sete quilômetros de extensão. O caminho vai da vicinal do Distrito de Jurupema até imediações da sede da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB).
Com a estrada circundando a área urbana do município, a Prefeitura pretende eliminar definitivamente os caminhões de cana dentro da cidade.
A estrada será de terra, em função de uma proibição de que estes caminhões trafeguem por estradas vicinais asfaltadas. Mas a estrada já está 80% aberta e até o dia 1º de maio, data de início da safra, estará pronta.

"Acredito que seja uma solução aplicável em toda a região, considerando-se que o custo foi dividido entre o poder público, os produtores e as usinas e ficou bom para todo mundo", declara Jorge Gibertoni, secretário de Obras de Taquaritinga.

Negociação
A ideia de se criar uma rota alternativa para os caminhões de cana é antiga em Taquaritinga, segundo Gilbertoni. "Os caminhões passam por bairros populosos e trazem problemas, como o risco de acidentes e a deterioração do asfalto", conta.

De acordo com o secretário, um outro desvio já foi experimentado, mas aumentava muito o percurso e encarecia o frete da cana. Considerando esta situação, por dois anos, a Prefeitura negociou com produtores e usinas. "Foi tudo conversado. Eles pagaram as 16 desapropriações, no valor total de R$ 220 mil, e a Prefeitura entrou com os outros R$ 70 mil para executar a obra", explica. Com o que as usinas pagavam a mais de frete em apenas uma safra, pagaram as desapropriações.

No valor pago pelo poder público estão incluídos uma ponte, o trabalho de topografia, a recolocação das cercas e o maquinário utilizado para abrir a estrada.

Mas um dos fatores que viabilizaram a obra foi o traçado escolhido. Ele segue as divisas das propriedades, sem dividí-las, o que seria um problema. "Isso facilitou. Todas as desapropriações foram amigáveis. Para chegar a este acordo, foram necessários dois anos de trabalho entre a engenharia, as desapropriações e a própria questão política", revela o secretário.

Gavião também estuda rota alternativa
Gavião Peixoto também estuda a criação de um rodoanel para desviar o tráfego de caminhões de cana-de-açúcar e laranja do perímetro urbano da cidade. Na gestão do ex-prefeito Alexandre Marucci, o projeto começou a caminhar, mas ao assumir a Prefeitura, o atual prefeito, Ronivaldo Fratucci (PDT), cancelou a obra por problemas na licitação.
Em nota, a assessoria de imprensa de Gavião Peixoto diz que a Prefeitura está buscando alternativas para reduzir o número de acidentes nas vicinais do entorno da cidade, e o fluxo de caminhões dentro da área urbana que danifica o asfalto, redes elétrica e coloca em risco a população.

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