Cesta básica fica mais barata em quase todo o país


A cesta básica ficou mais barata em abril na maior parte das capitais brasileiras. O pacote de 13 produtos básicos diminuiu de preços em 14 de 17 cidades pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os preços subiram em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC) e São Paulo (SP), que continuou com a medalha de ouro da comida cara: R$ 268,52 pela cesta.
O levantamento, divulgado nesta terça-feira (5), mostra que os preços subiram 0,35% na capital paulista. Em fevereiro, o preço da cesta estava em R$ 267,58. A capital gaúcha tem a medalha de prata – o pacote aumentou 1,34%, para R$ 264,63. Em Florianópolis (SC), os preços aumentaram 0,91%, para R$ 252,55.
Os preços tiveram as maiores quedas em Salvador (-7,87%), Recife (-3,69%), Aracaju (-3,36%), Fortaleza (-2,86%), João Pessoa (-2,53%), Natal (-2,32%) e Goiânia (-2,22%). Outras cidades viram os preços diminuírem: Rio de Janeiro (-1,79%), Manaus (-1,38%), Vitória (-0,85%), Brasília (-0,81%), Curitiba (-0,76%), Belo Horizonte (-0,70%) e Belém (-0,58%).
A cesta mais barata do país é a de Aracaju (SE), onde o consumidor desembolsava R$ 185,88 para comprar a carne, o leite, o feijão, o arroz, a farinha, a batata, o tomate, o pão, o café, a banana, o açúcar, o óleo e a manteiga.
Na capital sergipana e em João Pessoa (PB) são as únicas capitais onde se paga menos de R$ 200 pelos produtos. Na capital paraibana, a cesta saía por R$ 198,79.
O tomate, item pesquisado em todas as localidades, foi o produto que mais influenciou a queda no preço da cesta. Porto Alegre foi a única cidade que teve alta no preço do produto (4,67%). Nas outras, as quedas ficaram entre -29,33% (Salvador) e -2,19% (Manaus).
A batata subiu em nove cidades, enquanto a carne ficou mais barata em oito e encareceu nas demais. O feijão subiu em sete e caiu nas outras. O preço do pão subiu em oito cidades.
Na comparação com março do ano passado, os preços subiram muito em Goiânia (GO): 14,87%, seguida por Fortaleza (13,57%), Florianópolis (5,37%) e Vitória (4,94%). Só em quatro cidades os preços estão mais baratos do que no ano passado - Porto Alegre, João Pessoa, Recife e Salvador.
Considerando o preço da cesta básica na capital mais cara, ou seja, São Paulo, o trabalhador precisaria ter um salário mínimo de R$ 2.255,84 para suprir suas despesas e as da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, como manda a lei.
O valor corresponde a 4,14 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545. Em março, o mínimo deveria ter sido de R$ 2.247,94. Em abril de 2010, o valor era de R$ 2.257,52 (4,42 vezes o mínimo da época de R$ 510).
Para comprar os alimentos essenciais, um trabalhador que ganha salário mínimo precisou cumprir, em fevereiro, na média das 17 capitais, jornada de 94 horas e 41 minutos, tempo menor que o exigido em março (96 horas e 13 minutos). Em abril de 2010, a mesma compra comprometia jornada bem maior: 98 horas e 44 minutos.

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