Moradores do São Geraldo querem mais agentes contra a dengue

Foto: Lucas Tannuri
Moradores do bairro São Geraldo, na Região Noroeste da cidade, estão preocupados com o crescente número de casos de dengue na vizinhança, e com a falta de ação de agentes da Vigilância Epidemiológica no local.

A dona de casa Denise Aparecida Marques, de 36 anos, relata crescente número de casos de dengue na Rua Diógenes Muniz Barreto (Rua Oito e Meio). Ela teve dengue, após 15 dias de seu diagnóstico positivo, o filho de 8 anos também adoeceu.

"Todos os dias ouvimos os vizinhos comentando que alguém está com dengue na nossa rua. Acho que já passou de 20 confirmações. Tem um senhor que foi diagnosticado agora. Os casos não param de aparecer e a impressão que temos é que a Prefeitura não faz nada", afirma Denise. Na última atualização dos dados, no início da semana, a região tinha 62 casos de dengue confirmados.

A reclamante questionou a falta de nebulização no bairro e a forma como os agentes têm trabalhado durante a fiscalização nas residências. "Eles entram, olham a casa superficialmente, mas não aplicam nenhum produto nos ralos ou em possíveis focos. Quase nem conversam com a gente."
Novo diagnóstico
O medo da família é de um novo diagnóstico de dengue. "Estou passando repelente no meu filho todos os dias e usando durante todo o dia aqueles repelentes de tomada. A preocupação é com uma reincidência da dengue, que pode vir a ser hemorrágica, pelo que os médicos alertaram."

O coordenador de Vigilância em Saúde, Feiz Mattar, afirma que toda a cidade tem passado por fiscalização periódica e ações de bloqueio.

Quanto ao questionamento ao trabalho dos agentes, Mattar diz que o atendimento é padrão em todas as casas e que a aplicação de algum produto só é feita quando há confirmação de foco de reprodução do Aedes aegypti.

"A função do agente é procurar os focos e orientar. Se eles fossem aplicar sal em todos os ralos, a Prefeitura teria que colocar um caminhão de sal no mesmo local de trabalho dos agentes."
Nebulização
Sobre a nebulização, o coordenador de Vigilância em Saúde explica que o processo só pode ser feito se 80% das casas do bairro forem visitadas em um período de sete dias por agentes do Controle de Vetores, segundo exigência da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen). Sem a confirmação da visitação, o órgão não libera o veneno.

As equipes da Vigilância, no entanto, não estão conseguindo cumprir o prazo, em grande parte porque as casas estão fechadas e porque a demanda é grande.
Audiência pública
Em 11 de maio será realizada uma audiência pública para discutir as ações para controle dos casos de dengue na cidade. O evento será desenvolvido no auditório do Centro Universitário de Araraquara (Uniara), a partir das 19 horas.
São esperados representantes da Vigilância Epidemiológica, da Secretária Municipal da Saúde e da Câmara Municipal.
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