A reestruturação do Programa da Saúde da Família nos últimos dois
anos em Araraquara é apontada pela Secretaria Municipal de Saúde como o
principal motivo para o aumento nos atendimentos básicos da rede - o
número dobrou no período de janeiro a abril deste ano, em comparação com
o mesmo período de 2009.
Segundo o banco de dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), foram
atendidos 186.543 pacientes entre janeiro e abril de dois anos atrás,
enquanto este ano o atendimento saltou para 482.890.
Em São Carlos, a atenção básica de saúde caiu 8,4%. Enquanto em 2009
foram 356.520 atendimentos, em 2011 houve uma diminuição em 17.275
atendimentos, de forma que o total da população que recebeu atendimento
básico nos três primeiros meses do ano foi de 339.245 pessoas.
Para a secretária municipal da Saúde, Regina Barbieri, a reestruturação
no atendimento pelo Programa Saúde da Família (PSF) é responsável pelo
acréscimo de casos. "Estamos estimulando a população a procurar os
postos do PSF no município e estamos recebendo um retorno positivo. A
nossa expectativa no próximo ano é quadruplicar esses atendimentos."
Potencialização
Uma das formas utilizadas para aumentar os atendimentos básicos na
cidade, segundo a secretária, foi potencializar os postos do PSF, onde
há atendimento odontológico, pediátrico, clínico geral e ginecológico e
obstetrício. Atualmente, a cidade conta com 15 unidades do programa, que
atendem a 28% da população da cidade.
Nos próximos meses, serão inauguradas mais três unidades, com um
acréscimo de 10% da população. Mas a previsão da Secretaria Municipal da
Saúde é que até o final de 2011 haja a inauguração de outros postos,
com 50 equipes em funcionamento, e cobertura de 80% dos moradores da
cidade.
Apesar do baixo índice de atendimento, Regina Barbieri explica que foi
desenvolvido um estudo em todos os PSFs da cidade e os médicos foram
melhor distribuídos para que os atendimentos básicos fossem
potencializados nos locais com maior demanda. "Observamos os postos onde
havia mais médicos que atendimento e os locais onde havia maior
procura. Depois, redistribuímos os profissionais."
O resultado do trabalho foi que os médicos agora têm mais tempo nas
unidades para fazer um trabalho de qualidade, afirma a secretária da
Pasta.
‘PSF fortaleceu relação médico-paciente'
A secretária municipal de Saúde, Regina Barbieri, afirma que desde
que o Programa Saúde da Família (PSF) foi criado pelo Governo federal, o
relacionamento entre médico e paciente fortaleceu-se.
E que, em função de o número de atendimentos básicos ter aumentado na
cidade em dois anos, diminuiu a procura para atendimentos na Unidade de
Pronto Atendimento (UPA), onde são recebidos os casos de urgência e
emergência. "Estamos fazendo um grande trabalho de orientação para que
todos saibam em quais locais podem encontrar atendimento mais ágil e
para atendimentos mais específicos. Não adianta uma pessoa que tem um
problema contínuo e não-emergencial procurar a UPA. Tem de procurar um
posto de saúde ou o PSF. Estamos trabalhando com essas orientações",
afirma Regina.