Crime do “micro-ondas”: corpo é encontrado carbonizado

A Polícia Civil iniciou, nesta segunda-feira, as investigações para identificar o corpo de um homem, de aparentemente 30 anos, encontrado no domingo à noite, parcialmente carbonizado em meio a um canavial próximo ao KM 15 da Rodovia Nelson Barbieri, estrada que liga Araraquara a Gavião Peixoto. O corpo foi queimado com pneus, em um tipo de crime conhecido no Rio de Janeiro como ‘micro-ondas’.
A vítima foi encontrada por acaso. A brigada de incêndio ligada a uma usina viu o fogo no meio da cana e, ao chegar para apagar, encontrou o homem morto. Segundo informações das Polícias Militar e Civil, ele estava com um fio de cobre preso ao redor do pescoço. A suspeita é que ele tenha sido enforcado antes de ser carbonizado. Pneus foram colocados em seus braços e pernas para queimá-lo.
O delegado Jesus Nazaré Romão, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), diz ainda não ter pistas sobre a identidade do homem, mas reconhece que esse tipo de caso é incomum na região. Ele, no entanto, não vê ligação com a morte de um representante comercial de 31 anos, encontrado carbonizado no porta-malas de um carro modelo Crossfox, no meio de um canavial, às margens da Rodovia Washington Luis (SP-310), no sábado.
O crime do micro-ondas - quando a vítima é cercada por pneus e morre carbonizada com o calor - ficou nacionalmente conhecido após a morte do jornalista Tim Lopes, assassinado por traficantes em 2 de junho de 2002, quando fazia uma reportagem investigativa sobre a prostituição infantil em um baile funk, na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

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