Jaime Ardila afirma que Brasil não é mais um país de baixo custo |
"Nós esperamos crescimento de 5% a 7% para os próximos cinco anos", completou Ardila, que destacou que a GM e outras montadoras se beneficiam do crescimento econômico e da estabilidade política da região. "Estes são grandes exportadores de commodities e todos se beneficiaram da demanda da China".
A GM vendeu mais de um milhão de veículos na América do Sul ano passado e acredita que pode elevar o número a 1,5 milhão nos próximos cinco anos. A empresa com sede em Detroit está presente no Brasil desde 1925, uma de suas primeiras operações fora dos Estados Unidos.
O executivo ressaltou, no entanto, que um dos principais desafios da GM no Brasil é a valorização do real em relação ao dólar, que segundo ele dificulta manter a competividade. "Não é mais um país de baixo custo". Além disso, mencionou a questão da infraestrutura, para manter o rápido crescimento do país.
O Brasil é o quarto maior mercado mundial de automóveis. A participação da GM no mercado brasileiro foi de 19,9% ano passado, o que deixou a empresa em terceiro lugar, atrás da Volkswagen e da Fiat. "Nós vendemos 650 mil veículos no Brasil ano passado e esperamos vender 700 mil este ano", disse Ardila.
A empresa registrou lucro de US$ 800 milhões na América do Sul em 2010, com o Brasil responsável por 65% do resultado. Em todo o mundo, o lucro da montadora foi de US$ 4,7 bilhões.