A Justiça Federal de Presidente Prudente, no interior de São Paulo,
decretou nesta sexta-feira (24) a prisão preventiva do ex-integrante do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) José Rainha Júnior.
Ele, que é suspeito de desviar verbas destinadas a assentamentos
agrários, já estava em prisão provisória desde o dia 16.
Ele seria solto neste sábado (25) com o fim do prazo da prisão
temporária e agora continuará preso. A Justiça determinou também a
prisão preventiva de outras quatro pessoas. Uma delas já estava presa,
duas foram presas pela Polícia Federal nesta sexta e um homem é
considerado foragido.
A Justiça entendeu que todos estão envolvidos em um suposto esquema de
fraudes em verbas enviadas pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra) para a implantação de um programa de biodiesel
no Pontal do Paranapanema, no interior paulista.
José Rainha foi preso em Presidente Prudente dentro da Operação
Desfalque da Polícia Federal, que cumpriu, ao todo, dez mandados de
prisão temporária, sete mandados de condução coercitiva e 13 mandados de
busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal em São Paulo.
Na casa de Rainha foi cumprido um mandado de busca em que foram
apreendidos documentos que poderão ajudar na investigação. Na ocasião da
prisão, a PF informou em nota que a investigação começou há 10 meses,
com apoio do Ministério Público Federal. Conforme a PF, essa suposta
organização desviava recursos públicos federais destinadas aos
assentamentos de reforma agrária.
Os presos são investigados pelos crimes de extorsão contra
proprietários de terras invadidas, estelionato, peculato, apropriação
indébita de recursos de assentados, formação de quadrilha e extração
ilegal de madeira de áreas de preservação permanente.