Araraquara tinha o rótulo da ousadia

Foi uma época em que Araraquara não tinha re­ceio de ousar. No futebol, a Ferroviária contratava os melhores técnicos do país, entre eles Aymoré Moreira e Bauer. Mas uma das maio­res audácias foi a promoção do Primeiro Circuito Automo­bilístico de Araraquara, reali­zado em 1.962, que acabou se transformando em uma promoção de ponta no Esta­do de São Paulo. A iniciativa foi do vereador Mário Ana­nias, um entusiasta pelo au­tomobilismo. O sucesso foi tão grande e trouxe tantos visitantes, que o vereador passou a sonhar acordado em construir aqui uma pista que suplantaria os melhores autódromos do país e faria de Araraquara a cidade do automobilismo.
As provas em Araraqua­ra tornaram-se importantes porque funcionavam como uma prévia do que poderia acontecer nas “24 Horas de Interlagos”, uma das mais importantes competições da época. Para Araraquara se deslocavam os melhores pi­lotos do país e suas equipes.
O percurso de rua tomava toda a extensão das avenidas36 e Bento de Abreu onde se enfrentavam as principais montadoras: DKW, Dauphi­ne, Gordini, Sinca e Volks.
Chico Landi era ovaciona­do nas ruas como hoje são aclamados astros do futebol. As pessoas olhavam para o piloto como uma estrela do automobilismo por ter com­petido na maior prova do automobilismo mundial, se­melhante ao que representa hoje a Fórmula 1.
Mário César Camargo Filho (Marinho) virou ídolo na cidade e venceu as duas corridas, superando a habi­lidade dos irmãos Wilson e Emerson Fitipaldi, que mais tarde se consagrariam na Fórmula 1.

Se antigamente Araraquara pensava no futuro, hoje ela pensa no passado e não procura crescer, infelizmente

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