A mobilização pede melhorias no atendimento à população e reivindica o piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que é de R$ 9.188,22 para jornadas de 20 horas semanais. Em alguns hospitais paulistas, o valor pago é de R$ 1.757,25. Os médicos protestam ainda contra a baixa remuneração e as más condições de trabalho e assistência oferecidas na rede pública de saúde.
Reinaldo Bonfá, presidente da APM de Araraquara, diz que, enquanto a saúde não receber sua merecida importancia com a criação de um plano de ação, não irá evoluir no Brasil. "Hoje, o médico é o gestor mais importante, mas é pouco valorizado. Importam-se com números, se há fila ou não no hospital, mas não se preocupam com o mais importante: o atendimento. Melhor que saber se há fila, é saber se o paciente foi bem atendido."
O dermatologista Sergio Delort acrescenta que o movimento em Araraquara deve ser mais de apoio às ações de São Paulo. "Pedimos a valorização do SUS, queremos qualidade de atendimento, a criação de plano de carreira e a obrigatoriedade de um investimento fixo como ocorre com a educação. Sabemos que há problemas na saúde, mas agora é preciso saber qual a origem", finaliza Delort.
No País, cem mil devem aderir
A previsão da Associação Brasileira de Medicina (ABM) é que pelo menos metade dos 195 mil médicos que trabalham no SUS integrem a mobilização de hoje. Atualmente, a rede estadual tem 10.694 médicos vinculados ao SUS.
Nos Hospitais Emílio Ribas, Servidor Estadual e HC de Ribeirão Preto não haverá atendimento eletivo hoje.
317
médicos estão cadastrados no SUS em Araraquara