Obras na maternidade Gota de Leite têm novo atraso

A celeuma que envolve as obras de ampliação e reforma da Maternidade Gota de Leite parece não ter fim. Faltando dois meses para a entrega do prédio, a Prefeitura teve de fazer novo aditamento de prazo de entrega e custos na obra de ampliação e precisou trocar a construtora da obra da reforma. A reabertura da Maternidade foi uma promessa de campanha do prefeito Marcelo Barbieri e era esperada para o primeiro ano de seu mandato.

De acordo com os editais, as obras da ampliação deveriam ser entregues no mês de novembro, mas um aditamento publicado anteontem deu mais 45 dias para a finalização, e o novo prazo é dezembro.

Além disso, os valores foram aumentados em 21,46%, o equivalente a R$ 98.266,11 para contemplar alterações em "detalhes arquitetônicos", segundo o secretário de Obras, Valter Rozatto.

Reforma

Em outra publicação no Diário Oficial, ontem, a Prefeitura registrou a troca de empresa da obra de reforma.

Segundo Rozatto, dirigentes da Andreossi Construções, empresa que comandava a reforma da Gota de Leite desde julho de 2010, procuraram o Executivo há cinco dias alegando problemas financeiros para cumprir a licitação.

As empresas que participaram do edital foram procuradas e a obra passou para a Módulus Construtora. Para que os funcionários não fossem prejudicados pelas mudanças, nem a reforma parasse, um acordo foi firmado entre as construtoras e garantiu que os operários da Andreossi fossem recontratados pela Módulus.

A expectativa da Prefeitura é que a reforma termine em novembro. Mesmo assim, a reabertura dificilmente será neste ano. Anteriormente, a secretária de Saúde, Regina Barbieri, disse precisar de pelo menos um mês para equipar e colocar a unidade em funcionamento, após a entrega das instalações.
23,3%
é o total de aditamento de valor das obras de reforma e ampliação da Gota desde o primeiro edital. Inicialmente, elas custariam juntas R$ 2.655.335,61. Hoje, somam R$ 3.274.257,34
Outro lado
Mudanças não causarão prejuízos ao andamento
O secretário municipal de Obras Públicas, Valter Rozatto, explica que as mudanças de construtora na reforma da Gota de Leite não serão um problema para o cumprimento do prazo de entrega, marcado para novembro deste ano.

"A obra da reforma está mais avançada do que a ampliação. A Andreossi Construções estava desenvolvendo bem o trabalho. A grande questão foi relacionada com as finanças", explica Rozatto.

Sobre o aditamento e prorrogação de valor, o secretário afirma que ocorreu por conta de detalhes arquitetônicos reformatados.
Entenda o caso
A reforma e ampliação da Maternidade Gota de Leite é umas das promessas de campanha do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB). O anúncio de que a Nova Gota seria no mesmo prédio onde funcionava até o Governo Edinho Silva — que a transferiu para a Santa Casa — ocorreu em 19 de junho de 2009, quando o projeto arquitetônico já estava em fase avançada.

A expectativa inicial, dada em dezembro de 2009, era de que o prédio da Gota estivesse pronto em sete meses e que em 2011 tudo já estivesse em pleno atendimento.

O anúncio da entrega, porém foi feito antes da liberação dos recursos pela Caixa Econômica Federal, o que ocorreu apenas em maio de 2010.

Inicialmente, a ampliação era de responsabilidade da construtora Sinai, que venceu o certame com a proposta de fazer todo o trabalho pelo valor de R$ 1.126.546,98. Em outubro, a Andreossi Construções assinou o contrato de reforma pelo valor de R$ 1.528.788,63.

Porém, em fevereiro deste ano, a ampliação sofreu alteração porque, entre outras coisas, foi desenvolvido um novo projeto elétrico e houve também aditamento de valor. Depois, em março, a Sinai abandou esta e outras cinco obras na cidade por falta de recursos financeiros. A amplicação já havia consumido R$ 633.313,41 e quase 60% do trabalho havia sido feito.

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