A marcha contra a corrupção, realizada na manhã
desta quarta-feira (12), no Parque Infantil, em Araraquara, atraiu
poucas pessoas. De acordo com a organização do evento, 80 assinaturas
foram colhidas durante o movimento que durou cerca de uma hora. A
expectativa de representantes do Movimento de Combate à Corrupção
Eleitoral (MCCE) na Região Central, era de receber até 600 pessoas.
Com representantes usando faixas e de caras pintadas, o MCCE foi realizado simultaneamente em todas as capitais do país, com a finalidade de discutir o Voto Aberto e o Ficha Limpa.
Esta foi a primeira manifestação do grupo em Araraquara e a segunda no Brasil. O MCCE é formado por ex-alunos de diversas universidades do país e que, apartidários, discutem a reforma política brasileira.
A primeira marcha foi realizada no feriado de 7 de setembro deste ano em Brasília e nas outras capitais. "Nosso objetivo é discutir política e estou muito feliz que Araraquara está participando", afirma Luciene Carina da Silva, representante do MCCE na Região.
O movimento surgiu do movimento de ex-alunos de Administração Pública que se reuniram em Brasília e que discutem a reforma política. "A manutenção da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi o estopim para dar inicio a passeatas. Elas foram realizadas no dia 7 de setembro e nesta quarta-feira e agora acontecerá no dia 15 de novembro. Queremos o voto aberto e a aprovação do ficha limpa", concluiu Carina.
BRASIL
A segunda onda de protestos popularizada como Marcha Contra a Corrupção
conseguiu mobilizar, novamente, milhares de manifestantes em várias
capitais. Embora menos numerosa que a primeira edição, realizada no Sete
de Setembro, a mobilização desta quarta-feira (12), feriado de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, ganhou novos temas.
Em Brasília,
que concentrou o maior número de pessoas – entre 7.000 e 10.000,
segundo estimativas da Polícia Militar – os manifestantes levaram à
Esplanada dos Ministérios novos temas.
Além da validação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012 e o fim do voto secreto nas votações do Congresso, houve também protesto contra uma eventual limitação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão criado para fiscalizar os juízes.
Ainda neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que visa a limitar o raio de investigação do CNJ. Ainda neste ano, o STF também julga a validade da Ficha Limpa. Já a discussão sobre o fim do voto secreto foi retomado no Congresso após a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).
Na capital federal, outros movimentos aproveitaram a marcha para outras
reclamações. Algumas faixas pediam mais concursos do governo federal.
Esposas de militares (proibidos de participar) também reivindicaram
aumentos salariais.
Segundo um dos líderes do Movimento Contra Corrupção (MCC), Walter Rodrigues, o objetivo é que as manifestações adquiram um caráter nacional. Na próxima semana, eles irão discutir a possibilidade de transformar o MCC em uma ONG.
"Vamos fazer uma videoconferência com os representantes das cidades na próxima quarta ou quinta-feira para discutir como nacionalizá-lo", disse.
Pelo país
Em São Paulo, a marcha se concentrou novamente na avenida Paulista, iniciada em caminhada a partir do Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 14h. Estimativas da Polícia Militar apontavam para a presença de 2.000 pessoas. Durante a mobilização, um homem foi preso por suspeita de quebrar o vidro de uma lanchonete Mc Donalds e de um banco. Na rua da Consolação, um grupo de punks com máscaras e panos enrolados no rosto se partiu para cima de outros manifestantes e da imprensa. No tumulto, uma mulher de 64 anos cortou o queixo ao cair na calçada.
No Rio de Janeiro, 2.000 pessoas caminharam pela orla de Copacabana, na Zona Sul, segundo a Polícia Militar.
Em Belo Horizonte,
a manifestação se concentrou na praça da Liberdade, região nobre da
cidade e próxima à antiga sede do governo estadual. Segundo a PM, 200
pessoas apareceram. Manifestantes pediram ainda o imediato julgamento
dos acusados de crimes no esquema do mensalão e a devolução aos cofres
públicos de dinheiro comprovadamente desviado por políticos corruptos.
Em Goiânia, onde o governo contabilizou cerca de 1,2 mil pessoas, a marcha atraiu estudantes universitários, professores, profissionais liberais e donas de casa. A maioria foi vestida de preto e percorreu 4 km no centro da cidade.
Em Curitiba, cerca de 500 pessoas partiram da Universidade Federal do Paraná (UFPR) até ruas do Centro Histórico e foram até o Centro Cívico. Estudantes mascarados se misturaram com aposentados, caras-pintadas e ativistas. Não havia sequer uma bandeira de partido político. Durante a passeata, alguns moradores jogaram água nos manifestantes.
Em Salvador, a marcha percorreu o circuito Barra-Ondina, famoso por receber os trios elétricos de Carnaval. Cerca de 800 pessoas apareceram, com bandeiras, apitos, narizes de palhaço e caras pintadas. Entre jovens e crianças, foram vistos também juízes e advogados.
Em Recife, a marcha levou cerca de 300 pessoas à avenida Boa Viagem, ao som de apitaço e palavras de ordem. Várias mães aproveitaram o feriado, quando também se comemora o Dia das Crianças, para levar os filhos pequenos.
Em Fortaleza, trio-elétricos animaram a caminhada ao som de canções engajadas como "Brasil", de Cazuza, e "Para Não Dizer que Eu Não Falei de Flores", de Geraldo Vandré. Na capital cearense, estudantes expressavam revolta contra o que ficou conhecido como "escândalo dos banheiros", esquema de desvio de dinheiro destinado a construção de banheiros populares que, segundo o Tribunal de Contas do Estado, chegou a um rombo de R$ 16 milhões.
Em João Pessoa,
o público se concentrou no Busto de Tamandaré, e caminhou pela orla da
praia. A mobilização foi organizada por entidades locais ligadas à
advocacia e à imprensa.
Com representantes usando faixas e de caras pintadas, o MCCE foi realizado simultaneamente em todas as capitais do país, com a finalidade de discutir o Voto Aberto e o Ficha Limpa.
Esta foi a primeira manifestação do grupo em Araraquara e a segunda no Brasil. O MCCE é formado por ex-alunos de diversas universidades do país e que, apartidários, discutem a reforma política brasileira.
A primeira marcha foi realizada no feriado de 7 de setembro deste ano em Brasília e nas outras capitais. "Nosso objetivo é discutir política e estou muito feliz que Araraquara está participando", afirma Luciene Carina da Silva, representante do MCCE na Região.
O movimento surgiu do movimento de ex-alunos de Administração Pública que se reuniram em Brasília e que discutem a reforma política. "A manutenção da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi o estopim para dar inicio a passeatas. Elas foram realizadas no dia 7 de setembro e nesta quarta-feira e agora acontecerá no dia 15 de novembro. Queremos o voto aberto e a aprovação do ficha limpa", concluiu Carina.
BRASIL
A segunda onda de protestos popularizada como Marcha Contra a Corrupção
conseguiu mobilizar, novamente, milhares de manifestantes em várias
capitais. Embora menos numerosa que a primeira edição, realizada no Sete
de Setembro, a mobilização desta quarta-feira (12), feriado de Nossa
Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, ganhou novos temas.
Protestos foram convocados em ao menos 25 cidades de 18 estados em
todas as regiões do país, principalmente articuladas nas redes sociais e
blogs. Organizadores já planejam uma ONG para nacionalizar o movimento.
Em Brasília,
que concentrou o maior número de pessoas – entre 7.000 e 10.000,
segundo estimativas da Polícia Militar – os manifestantes levaram à
Esplanada dos Ministérios novos temas.Além da validação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012 e o fim do voto secreto nas votações do Congresso, houve também protesto contra uma eventual limitação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão criado para fiscalizar os juízes.
Ainda neste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar ação proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) que visa a limitar o raio de investigação do CNJ. Ainda neste ano, o STF também julga a validade da Ficha Limpa. Já a discussão sobre o fim do voto secreto foi retomado no Congresso após a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF).
Em Brasília, manifestantes usaram fantasias para protestar contra impunidade. Na foto, jovem caminha em direção ao Congresso como o personagem "V". |
Segundo um dos líderes do Movimento Contra Corrupção (MCC), Walter Rodrigues, o objetivo é que as manifestações adquiram um caráter nacional. Na próxima semana, eles irão discutir a possibilidade de transformar o MCC em uma ONG.
"Vamos fazer uma videoconferência com os representantes das cidades na próxima quarta ou quinta-feira para discutir como nacionalizá-lo", disse.
Pelo país
Em São Paulo, a marcha se concentrou novamente na avenida Paulista, iniciada em caminhada a partir do Museu de Arte de São Paulo (Masp) por volta das 14h. Estimativas da Polícia Militar apontavam para a presença de 2.000 pessoas. Durante a mobilização, um homem foi preso por suspeita de quebrar o vidro de uma lanchonete Mc Donalds e de um banco. Na rua da Consolação, um grupo de punks com máscaras e panos enrolados no rosto se partiu para cima de outros manifestantes e da imprensa. No tumulto, uma mulher de 64 anos cortou o queixo ao cair na calçada.
No Rio de Janeiro, 2.000 pessoas caminharam pela orla de Copacabana, na Zona Sul, segundo a Polícia Militar.
Marcha Contra a Corrupção se concentrou na orla de Copacabana |
Em Goiânia, onde o governo contabilizou cerca de 1,2 mil pessoas, a marcha atraiu estudantes universitários, professores, profissionais liberais e donas de casa. A maioria foi vestida de preto e percorreu 4 km no centro da cidade.
Em Curitiba, cerca de 500 pessoas partiram da Universidade Federal do Paraná (UFPR) até ruas do Centro Histórico e foram até o Centro Cívico. Estudantes mascarados se misturaram com aposentados, caras-pintadas e ativistas. Não havia sequer uma bandeira de partido político. Durante a passeata, alguns moradores jogaram água nos manifestantes.
Em Salvador, a marcha percorreu o circuito Barra-Ondina, famoso por receber os trios elétricos de Carnaval. Cerca de 800 pessoas apareceram, com bandeiras, apitos, narizes de palhaço e caras pintadas. Entre jovens e crianças, foram vistos também juízes e advogados.
Em Recife, a marcha levou cerca de 300 pessoas à avenida Boa Viagem, ao som de apitaço e palavras de ordem. Várias mães aproveitaram o feriado, quando também se comemora o Dia das Crianças, para levar os filhos pequenos.
Em Fortaleza, trio-elétricos animaram a caminhada ao som de canções engajadas como "Brasil", de Cazuza, e "Para Não Dizer que Eu Não Falei de Flores", de Geraldo Vandré. Na capital cearense, estudantes expressavam revolta contra o que ficou conhecido como "escândalo dos banheiros", esquema de desvio de dinheiro destinado a construção de banheiros populares que, segundo o Tribunal de Contas do Estado, chegou a um rombo de R$ 16 milhões.
Manifestante é preso após quebrar fachada de lanchonete e de banco na Paulista |