Enfermeira que espancou cachorro é multada em R$ 3.000 por crime ambiental (COMPLETO)

CONFIRA A MATÉRIA COMPLETA DO CASO DA ENFERMEIRA QUE ESPANCOU CACHORRO
A enfermeira Camila Correia foi multada pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis) em R$ 3.000 por crime ambiental. Ela virou alvo de investigação policial após um vídeo na internet mostrar que Camila espancou até a morte seu cachorro da raça yorkshire.

De acordo com o Ibama, ela terá 20 dias para apresentar a defesa. A multa é administrativa e baseada nos artigo 32, da lei 9.605, e 29, do Decreto 6514/2008.

Durante o seu primeiro depoimento à Polícia, após a descoberta do caso, a enfermeira comentou que após almoçar com o marido e a filha em um restaurante, ficou "chateada com a bagunça" armada pela cadela de quatro meses de idade.

- Não fiz (espancamento) por raiva nem por estar nervosa. Fiz assim como se fosse uma coisa normal.

Nesta terça-feira (20), ela confessou ao delegado Carlos Firmino Dantas que já havia dado palmadas na cadela da raça yorkshire, filhote comprado dois meses antes por R$ 500.

- Eu agi daquela forma, mas não tinha noção do que isso causaria. Durante o segundo depoimento à Policia Civil, ela contou que assim que mudou para Formosa (GO), surgiram problemas no relacionamento com a vizinha que postou um novo vídeo sobre o espancamento da cadela yorkshire.

- Eles (vizinhos) faziam barulho e lançavam lixo na área de serviço do apartamento.

"Sofro ameaças de morte o tempo todo", diz enfermeira que espancou cachorro

Pela primeira vez depois que espancou o seu filhote da raça da yorkshire a enfermeira Camila de Moura admitiu que se arrepende do que fez e relatou que sofre "ameaças de morte o tempo todo". Ela prestou depoimento na manhã desta terça-feira (20) em Formosa (GO).

- Fiquei nervosa que a cachorrinha tinha feito coco e xixi em tudo. Não tive noção do que eu estava fazendo. Foi um fato isolado. Estou arrependida. 



Com medo, Camila deixou sua casa

Segundo Camila, ela não "apareceu antes" porque estava com medo. O advogado de Camila, Gilson Sahad, disse que por causa das ameças, a cliente está sob proteção policial e precisou deixar a casa onde vive. 
O delegado responsável pelo caso, Carlos Firmino, afirmou que Camila confessou o crime e disse que não tinha raiva do animal. 
- Ela demonstrou que não sentia a gravidade do fato. Na cabeça dela, não foi considerado algo grave. A Camila disse que estava corrigindo o animal. 

Ainda de acordo com Firmino, policiais militares que recolheram o cachorro depois de ele morrer serão convocados a prestar depoimento. 
- Foi uma situação isolada. No depoimento, ela justificou que eles haviam saído para um restaurante e, quando retornaram, o cachorro tinha sujado a casa. Foi uma situação isolada, impensada. A cachorra era bem cuidada inclusive por veterinário.

Entenda o caso

A enfermeira Camila de Moura é investigada por espancar o seu cão da raça yorkshire, de cerca de cinco meses, na frente da filha pequena em Formosa (GO). As cenas foram gravadas por um vizinho no dia 13 de novembro e vazaram na internet. O cão morreu dois dias após sofrer os maus-tratos.

A Polícia Civil da cidade passou a investigar o caso. A enfermeira prestou depoimento disse que estava estressada com o cachorro. Ela pediu para responder apenas por crime ambiental. Na investigação policial, constam também os relatos de alguns vizinhos, que dizem que o cachorrinho já havia sido agredido pela dona outras vezes. Por estar colaborando com a polícia, ela não foi autuada em flagrante e deverá responder ao inquérito em liberdade.

Confira o video que a Enfermeira fala sobre o fato:


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