Rede Patrezão demite 190 funcionários e alega reestruturação

Quinze por cento. Esse é o porcentual de funcionários que serão demitidos das unidades da rede de supermercados Patrezão. São 190 — dos 1.250 funcionários da rede — que começaram a ser dispensados anteontem. A medida extrema faz parte de um plano de reestruturação do grupo fundado há 42 anos.
Muito se comentava sobre possíveis dificuldades financeira da empresa após a inauguração da sua quinta loja, em novembro do ano passado, na Rua Maurício Galli.

O investimento de R$ 25 milhões — muito acima do previsto — absorveu um financiamento e parte do capital dos acionistas. Sem citar números, o gerente de compras da Rede, Geraldo Campanholo, admite que há um déficit financeiro e a medida para buscar estabilidade foi o corte de funcionários. As demissões serão concluídas até a próxima semana.

Segundo ele, a maioria dos demitidos ocupam cargos em setores ‘internos’: administrativo, financeiro, recursos humanos, mas também atinge, em menor escala, o atendimento.

"Eu trabalhava como balconista do açougue. Eu e mais quatro fomos mandados embora. Foi gente também dos frios e até um encarregado", diz uma mulher que começou a trabalhar na rede em dezembro de 2011.

Além das demissões, o Patrezão diminuirá a quantidade de caminhões, reduzindo até o custo com combustível. Seis dos 42 serão vendidos. Com isso, motoristas e ajudantes foram dispensados.

Clientes já reclamaram da pouca variedade dos produtos. Campanholo diz que, para controlar os custos, foi feita a opção de diminuir o mix, oferecendo apenas as marcas líderes e as mais baratas. "Infelizmente, precisamos acertar a máquina. Tem momento certo para andar para frente e para trás."

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