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| O estudante Everton Resende diz estar se organizando para não se endividar mais e usará o 13º (Deivide Leme/Tribuna Impressa) |
A situação financeira de 36 mil araraquarenses não é das melhores. Esse é o número de pessoas que estão endividadas e com o nome no Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). Juntando todos, soma-se cerca de R$ 19 milhões em dívidas.
De acordo com o economista Jaime Vasconcellos, o problema se deve ao fato de o brasileiro não saber se organizar. “A população não tem hábito de colocar no papel ou em uma tabela no Excel sua rotina financeira. Tudo que a pessoa for gastar, ela precisa ver o que pode e o que não pode gastar.”
E justamente isso é a maior dificuldade para as famílias brasileiras. “Temos na ponta da língua o quanto recebemos, mas as famílias brasileiras têm grande dificuldade em calcular o quanto gasta.”
Segundo Vasconcellos, enquanto isso acontecer, o endividamento ‘ruim’, aquele que pode virar inadimplência, vai ocorrer. “Se não houver um planejamento, esse fantasma vai rondar as famílias brasileiras”, analisa o economista.
Uso do 13º
Um dos 36 mil endividados de Araraquara, o estudante Everton Resende diz que vai usar o benefício do 13º salário para poder quitar algumas das dívidas que ele acumula. “É uma das alternativas e eu vou utilizar. Estou me programando para poder usar o 13º e encerrar algumas”, afirma.
Um dos 36 mil endividados de Araraquara, o estudante Everton Resende diz que vai usar o benefício do 13º salário para poder quitar algumas das dívidas que ele acumula. “É uma das alternativas e eu vou utilizar. Estou me programando para poder usar o 13º e encerrar algumas”, afirma.
Ele entrou para a estatística do SCPC após emprestar o cartão de crédito outras pessoas e elas não cumprirem com o prometido.
“Algumas dívidas eram controladas. Não sobrava muito, mas não estava no vermelho. Aí acabei me dando mal”, revela.
Outra saída que o estudante já procurou foi o empréstimo bancário, mas ele afirma que só utilizará novamente este tipo de serviço se estiver em uma situação extrema. “Eu já tenho alguns empréstimos que me salvaram até certo ponto. Acho que, com os juros praticados no mercado, só faria outro se realmente precisasse. Não há espaço na minha renda para isso.
Empréstimos, financiamento de casa, mais as contas mensais tomam todo o meu salário”, finaliza.
Dicas
Para os inadimplentes, Jaime Vasconcellos tem algumas dicas que podem ajudar as pessoas a saírem do vermelho.
Para os inadimplentes, Jaime Vasconcellos tem algumas dicas que podem ajudar as pessoas a saírem do vermelho.
“Para quem já tem alguma dívida, tem que ser rígido com seu orçamento. Buscar sempre planejar antes de sair de casa para comprar alguma coisa. Elaborar uma planilha mensal de receita e despesa pode ajudar a auxiliar o consumidor. E não apenas avaliar o poder de compra de seu orçamento, mas principalmente observar se seu padrão de consumo é factível com seu salário.”
CURSO
No meio da semana, foram abertas as inscrições para um curso de Educação Financeira - Gestão em Finança Pessoal on-line, que foi elaborado pelo Banco Central em parceria com a Escola de Administração Fazendária.
No meio da semana, foram abertas as inscrições para um curso de Educação Financeira - Gestão em Finança Pessoal on-line, que foi elaborado pelo Banco Central em parceria com a Escola de Administração Fazendária.
Os interessados devem se inscrever até o dia 12 de outubro por meio do sistema de inscrições Sisfie, através da internet (sisfie.esaf.fazenda.gov.br/SISFIE_INSCRICAO/login.jsf).
O curso é gratuito e será realizado na modalidade ensino à distância. A carga horária é de dez horas, distribuídas no prazo de um mês. (colaborou Jonatan Dutra)
