Cabeça para fora do ônibus, mãos tentando arrancar galhos de árvores, crianças em pé, três pessoas dividindo o mesmo banco e orientando o trajeto ao motorista. Esse foi o cenário que a reportagem da Tribuna Impressa encontrou em um dos veículos de transporte escolar da cidade, depois de receber denúncias de superlotação, feitas pelas mães.
Na segunda-feira, ao meio-dia, 35 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Altamira Amorim Mantese, do Jardim Roberto Selmi Dei, Zona Norte da cidade, embarcaram no ônibus, que passaria ainda em outras três escolas, cuja capacidade era para 45 pessoas sentadas.
E a informação dos agentes educacionais e das mães é de que o ônibus das 18 horas geralmente é ainda mais lotado do que o do período da manhã.
A microempresária Patrícia Aparecida Andrade Vieira, de 41 anos, afirma que sua filha e outras três crianças do bairro não querem mais frequentar o ônibus. "As crianças estão horrorizadas, será preciso que um estudante morra com a cabeça prensada em um poste, como ocorreu no meio do ano passado, no Centro de Araraquara, para que providências sejam tomadas?"
Além do perigo oferecido pelas próprias condições de transporte, as crianças também estão sujeitas a outras condições pouco adequadas. Agentes educacionais entrevistados pela reportagem revelam que já houve briga entre os alunos mais velhos e destes com crianças muito menores. "Semana passada, um aluno de 12 anos bateu no rosto de um estudante que não tinha nem 6 anos. O aluno agressor ainda não quis entrar na escola", disse uma agente que preferiu não se identificar.
Na segunda-feira, ao meio-dia, 35 alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Altamira Amorim Mantese, do Jardim Roberto Selmi Dei, Zona Norte da cidade, embarcaram no ônibus, que passaria ainda em outras três escolas, cuja capacidade era para 45 pessoas sentadas.
E a informação dos agentes educacionais e das mães é de que o ônibus das 18 horas geralmente é ainda mais lotado do que o do período da manhã.
A microempresária Patrícia Aparecida Andrade Vieira, de 41 anos, afirma que sua filha e outras três crianças do bairro não querem mais frequentar o ônibus. "As crianças estão horrorizadas, será preciso que um estudante morra com a cabeça prensada em um poste, como ocorreu no meio do ano passado, no Centro de Araraquara, para que providências sejam tomadas?"
Além do perigo oferecido pelas próprias condições de transporte, as crianças também estão sujeitas a outras condições pouco adequadas. Agentes educacionais entrevistados pela reportagem revelam que já houve briga entre os alunos mais velhos e destes com crianças muito menores. "Semana passada, um aluno de 12 anos bateu no rosto de um estudante que não tinha nem 6 anos. O aluno agressor ainda não quis entrar na escola", disse uma agente que preferiu não se identificar.
Novos alunos
A gerente do Programa de Transporte Municipal, Adriana Grifoni, afirma que o problema de superlotação está ocorrendo desde a entrega das casas populares nos Jardins São Rafael 1 e 2. As crianças dos bairros, mesmo não estando cadastradas no programa, estão utilizando os ônibus. Mas a solução deve vir em breve, porque a Secretaria solicitou o aumento do fretamento de ônibus na região. "Hoje temos 54 alunos cadastrados no Programa, dos quais apenas 40 são alunos de fretamento, e os outros 14 alunos pegam passe escolar, o que não sugestiona uma possível lotação. Entretanto, estamos junto com as escolas da região, mapeando onde há maior número de alunos para solucionar o problema o mais rápido possível", garante.
O Programa
O programa Transporte Escolar da Prefeitura é oferecido a alunos moradores da Zona Rural; estudantes do Ensino Fundamental que não encontram vaga nas unidades que compõem sua rede física, isto é, o bairro em que residem; ou que moram a uma distância de pelo menos dois quilômetros da unidade escolar mais próxima; e a alunos com deficiências.
Os estudantes do Ensino Médio passam por uma avaliação socioeconômica. Têm prioridade os alunos contemplados no Programa Bolsa Família.
De acordo com a gerente do Programa de Transporte Municipal, Adriana Grifoni, exigências como obedecer ao horário de embarque e desembarque, zelar pela limpeza e conservação dos veículos devem ser rigorosamente seguidas, da mesma forma que as normas de segurança, que englobam andar uniformizado e credenciado para a devida identificação e não atravessar a rua pela frente do transporte.
ARARAQUARA.COM