Menina morre após ser atropelada por motorista embriagado, diz polícia

Uma menina de 4 anos morreu e o pai dela, um ajudante geral de 37 anos, ficou gravemente ferido após os dois serem atropelados na noite de sábado (7) na Avenida Jacu-Pêssego, na Zona Leste de São Paulo, por um carro dirigido por um comerciante suspeito de embriaguez. A polícia diz que o motorista não prestou socorro às vítimas e foi preso em casa.
A família ainda decidia, na tarde deste domingo (8), onde irá sepultar o corpo de Jeniffer Costa. O pai dela, que sobreviveu ao atropelamento, está internado no Hospital Santa Marcelina. O condutor do Fiat Strada Adventure ano 2012, um comerciante de 46 anos, foi detido e preso em flagrante, horas depois, pelas polícias Militar e Civil.
O colega do comerciante, um motorista profissional de 60 anos que estava no banco do carona do veículo, vai responder em liberdade pelo crime de omissão de socorro. O atropelamento ocorreu por volta das 19h30 na Avenida Jacu-Pêssego, no Jardim Iguatemi, na capital paulista.
Além de omissão de socorro, o comerciante, que não teve seu nome divulgado, foi indiciado também por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), fuga de local de acidente e embriaguez ao volante. O caso foi registrado no 49º Distrito Policial, em São Mateus. O delegado Ceni Martins afirmou neste domingo (8) que o suspeito responderá aos crimes preso.
Na manhã de segunda-feira (9), o motorista deverá ser transferido da carceragem da delegacia para o Centro de Detenção Provisória de Mauá, na Grande São Paulo.
'Alta velocidade'De acordo com o boletim de ocorrência, de sete páginas, feito no 49º DP, o pai tinha saído com a filha de casa, no Jardim Iguatemi, para pagar uma dívida perto da Avenida Jacu-Pêssego, na noite de sábado. Ele aparentava estar embriagado. Quando atravessava a via com Jeniffer no colo, os dois foram atingidos por um carro em alta velocidade, segundo testemunhas que anotaram a placa do veículo.
Ainda segundo o documento, o condutor do Fiat Strada e o carona não pararam o automóvel para socorrer as vítimas e seguiram em fuga para as suas respectivas residências. A menina foi atendida por equipes de resgate, mas ela não resistiu aos ferimentos e morreu. O pai dela foi levado para o Hospital Santa Marcelina, também na Zona Leste, onde estava internado em estado grave até a noite de sábado.
Policiais militares e civis chegaram ao comerciante e ao colega dele após acharem o endereço do condutor do Fiat Strada pela placa do veículo. Quando chegaram à casa do motorista, encontraram o carro na garagem. Como ninguém atendia aos policiais, eles arrombaram a porta do imóvel e o invadiram. Dentro da residência acharam o comerciante no quarto dele, dormindo na cama.
“Ao receber voz de prisão, ele acordou bêbado e confessou o atropelamento do pai e da filha”, disse o delegado Ceni Martins. Segundo o policial, o comerciante contou que fugiu por medo de ser agredido. Ele ainda passou por teste do bafômetro que comprovou a embriaguez. Para a polícia, ele disse que bebeu após chegar em casa e, em seguida, dormiu. O carro dele foi apreendido.
'Xodó' do paiA cozinheira Ana Neris dos Santos Silva, avó materna de Jeniffer, afirmou que o corpo da neta estava nesta tarde no Instituto Médico-Legal (IML) de Arthur Alvim, na Zona Leste, para ser liberado. “Ainda não sabemos onde haverá o sepultamento. Pelo que eu fiquei sabendo da polícia, o pai da menina tinha ido pagar uma conta no mercado e atravessou a pista. Ela era filha única dele, xodó dele. Estava com o pai quando morreu”, disse a avó.

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