Araraquara tem 57,1% da população acima do peso


Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sivan), órgão ligado ao Ministério da Saúde, mostram que 57,1% da população araraquarense, com idade entre 20 e 60 anos, está acima do peso.

O órgão federal realizou a avaliação antropométrica, que inclui verificação de peso, altura e percentual de gordura corpórea, em 911 pessoas com essa faixa etária. Do total, 29,2% foram classificados como estando com sobrepeso, e 27,9% com obesidade.

Quando o recorte é feito por gênero a obesidade é maior entre o sexo masculino. Do total de homens araraquarenses pesquisados pelo Sivan, 42,9% estavam obesos e 14,3% com sobrepeso. Entre as mulheres da cidade, 29,3% tinham sobrepeso e 27,8% estavam obesas.
Brasil
A preocupante estatística acompanha o quadro nacional evidenciado recentemente na Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. Este outro estudo de abrangência nacional apontou 46,6% da população estando acima do peso.
Nacionalmente, 51% dos homens estão nessa situação contra 42,3% do sexo feminino.

O problema, segundo Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Agravos do Ministério da Saúde, está associado ao fator genético, sedentarismo e aos hábitos alimentares pouco saudáveis.

"O Brasil não está isolado nessas estimativas. É mais um reflexo da queda no consumo de alimentos saudáveis e a substituição deles por produtos industrializados e refeições pré-prontas", comenta.
Ações
O consumo de altas taxas de gorduras e sal presentes nos alimentos industrializados aumenta os riscos de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Devido à essa preocupação, José Gomes Temporão, ministro da Saúde, assinou um acordo de cooperação com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) que prorroga por mais três anos o Fórum da Alimentação Saudável.

O objetivo do Fórum é tornar os alimentos mais saudáveis, ou seja, com menos gordura trans e menos sal. "A redução do teor de sal é um novo desafio. O consumo excessivo pode causar hipertensão arterial, entre outros problemas de saúde", afirmou Temporão.

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