Mengele viveu protegido em Araraquara

O médico nazista Josef Mengele, conhecido como o Anjo da Morte, não só viveu em Araraquara, mas esteve protegido por uma família alemã residente em bairro nobre da cidade. Pesquisadores que reunem documentos para dar nova face a história garantem que muitas famílias ganharam fortunas ao proteger criminosos de guerra. A missão dos estudiosos é conseguir provar para reverter essa riqueza em favor das famílias das vítimas do holocausto.
Em nome da ciência, Mengele cometia as maiores atrocidades
Em suas experiências, Josef Mengele injetou tinta azul em olhos de crianças, uniu as veias de gêmeos, deixou pessoas em tanques de água gelada para testar suas resistências, amputou membros de prisioneiros e coletou milhares de órgãos em seu laboratório. As maiores atrocidades foram praticadas em prisioneiros gémeos. Após uma seleção, supostamente científica, os gêmeos eram concentrados em barracões especiais. Os estudos mais apurados apontam que praticamente todas as experiências de Mengele careciam de valor científico, mas foram financiadas pelo nazismo. Entre as experiências mais violentas estão tentativas de mudar a cor dos olhos mediante injecções de substâncias químicas nos olhos de crianças, amputações diversas e outras cirurgias brutais. Existem provas documentais de uma tentativa de criar siameses artificialmente mediante a união de veias de irmãos gémeos (a operação foi um fracasso e o único resultado foi que as mãos dos pacientes se infectaram gravemente). As pessoas objeto de experiências de Mengele, no caso de sobreviverem, foram quase sempre executadas depois para dissecação.
Mengele, auxiliado por sua equipe,  tentou encontrar um método de esterilização em massa; muitas das vítimas foram mulheres a quem injetava uma substâncias provocando a morte da maioria. Muitas que sobreviveram ficaram estéreis.
Mengele fez experiências com ciganos e judeus que tinham doenças hereditárias como nanismo, síndrome de Down, irmãos siameses e outras afecções e dissecou vivas algumas pessoas mestiças, submergindo depois os seus cadáveres numa tina com um líquido que consumia as carnes, deixando livres os ossos. Os esqueletos eram enviados para Berlim como macabro mostruário da degeneração física dos judeus ou outros.
As atrocidades comprovadas cometidas por Mengele durante a guerra levaram a revogação do seu título de Doutor  pelas Universidades de Frankfurt  e Munique.
Mengele abandonou o campo de concentração de Auschwitz onde realizava suas macabras experiências, em 17 de Janeiro de 1945 e foi para o antigo campo de concentração de Gross-Rosen Em Agosto de 1944 este campo fora encerrado. Em Abril de 1945, fugiu para o oeste disfarçado como membro da infantaria regular alemã, com identidade falsa, mas foi capturado.Como prisioneiro de guerra, cumpriu pena de prisão perto de Nuremberg. Foi libertado depois, quando se desconhecia a sua identidade. Durante os julgamentos de Nuremberg não se mencionou Josef Mengele como genocida. Os rastreamentos feitos pelos caçadores de criminosos nazistas comprovaram que Mengele que fugiu para a Argentina e depois se escondeu no Paraguai e finalmente no Brasil, em Nova Europa, pequena cidade nas região de Araraquara, onde viveu sob o nome falso de Pedro Gerhard. Em 1979, o seu estado de saúde estava em franca deterioração e a família alemã que o dava cobertura convidou-o a passar uns dias em Bertioga, no litoral paulista. Motivos confusos e nunca esclarecidos concluiu que Mengele morreu afogado.  Existe a suspeita de que tenha praticado o suicídio.
Fonte:SimNews 

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