Herbert Richers: cidade deve uma homenagem a filho ilustre

A morte de Herbert Richers em 2009 passou completamente despercebida em Araraquara. E o pior: já estamos completando dois anos do seu passamento e nada feito para homenagear a memória desse filho ilustre, que muito fez pelo cinema no Brasil. 


Herbert Richers, produtor de cinema e dono da empresa pioneira no ramo de dublagens no Brasil, morreu aos 86 anos, em 2009 no Rio de Janeiro. Durante o seu sepultamento, várias expressões do cinema e da televisão brasileira se manifestaram. O diretor J.B. de Oliveira (o Boni) lamentou a morte do produtor em seu Twitter: "Morreu uma parte da história da TV brasileira, considerado o dono do melhor estúdio de dublagem do mundo".
 
Diante do que representou, já está passando da hora das autoridades criarem alguma forma de homenageá-lo. Herbert Richers nasceu em Araraquara, em 11 de março de 1923. Em 1950, ele fundou a distribuidora de filmes Herbert Richers S.A, que depois virou uma das pioneiras no ramo da dublagem no Brasil, conhecida pelo anúncio "versão brasileira, Herbert Richers". A dublagem foi introduzida ao produtor em 1960 pelo amigo Walt Disney, como forma de resolver o problema das legendas, que eram quase ilegíveis para a tecnologia da época (televisão pequena, em preto e branco e sem definições).  A organização Herbert Richers foi fundada em 1956 para a exclusiva produção de cinejornais. Pouco tempo depois, ela começou modestamente a produzir e distribuir longas, como a comédia Sai de Baixo (1956). Nos anos 60, ela já produzia cerca de oito filmes por ano, a maior média de qualquer estúdio ou produtora da época. 
Com o desenvolvimento da televisão, Herbert Richers organizou um departamento de dublagem de filmes, lançando nomes que, mais tarde, se tornariam famosos, como Costinha, Fred e Carequinha, Ankito, Zé Trindade, Grande Otelo e Ronald Golias. A empresa de Herbert Richers também passou a lançar filmes nacionais. Os destaques são O Assalto ao Trem Pagador (1962), Vidas Secas (1963), Bonitinha, Mas Ordinária (1963), Selva Trágica (1963) e Asfalto Selvagem (1964). 
Hoje, a produtora possui um dos maiores estúdios de dublagem da América Latina e é responsável por grande parte dos filmes exibidos em português no País.

SIM!

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