O eleitor em Araraquara não esconde a sua indignação e acredita que houve um acordo de lideranças para aprovação do número máximo de 21 cadeiras. Está cada vez mais forte a suspeita de que os vereadores se articularam para criar uma situação onde fosse aprovado o máximo de 21 cadeiras para a próxima legislatura. E essa suspeita se fortalece diante da posição de cada vereador em não abrir mão do número pré-estabelecido em suas convicções.
“Não abro mão das 13 cadeiras. Só mudaria o meu pensamento se os vereadores aceitassem promover uma mini-reforma política”, disse o vereador Carlos Nascimento (PT). Para Nascimento, o número de vereadores teria menos importância se houvesse uma conscientização para a criação dos colégios de líderes de bancadas e líderes partidários. “Defendo inclusive, nessa reforma, a realização de duas reuniões por semana. Na primeira, a discussão dos projetos entre as lideranças, para se chegar à reunião oficial com uma posição definida”, concluiu o vereador.
A bancada do PT defende a manutenção de 13 vereadores. Os vereadores que são favoráveis a 15, 17 e até 19 cadeiras, também impõem adoção de medidas para formar consenso. Diante desse quadro, tudo indica que outubro chegará sem um acordo entre os vereadores e, com isso, as 21 cadeiras serão mantidas, para revolta e indignação de quase 80% da população que se manifestou contrário ao número máximo.
