Testemunhas não reconhecem suspeitos de matar aluno da USP

O assassinato do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, ocorrido na quarta-feira (18) no campus da Universidade de São Paulo (USP), tem mobilizado a polícia. Desde a divulgação do retrato-falado e de imagens nesta quinta (19), sete suspeitos já foram levados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro da capital, mas nenhum deles foi reconhecido pelas testemunhas.
Um deles, detido nesta sexta-feira pela PM em Americanópolis, na Zona Sul de São Paulo, foi liberado por volta das 17h10. "Eu não tenho nada a declarar. Se estou na rua, é porque fui liberado", disse o homem ao deixar a sede do departamento, no Centro de São Paulo.
O delegado Carlos Carrasco, diretor do DHPP, afirmou em entrevista na quinta que um aluno viu a vítima ser perseguida por dois homens após ter retirado dinheiro de um caixa perto da Faculdade de Economia e Administração (FEA). A própria família da vítima disse que o aluno já tinha enfrentado ladrões dentro do campus antes do crime, em outras duas oportunidades.
A polícia divulgou na quinta-feira (19) o retrato falado de um dos suspeitos e imagens dos dois, que foram gravadas por câmeras de monitoramento de segurança. Outras duas pessoas foram ouvidas pela polícia. Uma delas é um aluno que disse ter corrido dos criminosos após ter sido abordado por eles em um ponto de ônibus. A outra testemunha é um vigilante da USP, que afirmou ter ouvido o tiro que matou Felipe.
Ainda na versão de uma testemunha, Felipe tentou fugir dos homens que o perseguiam correndo em direção a seu carro blindado. Para a investigação, a vítima lutou com os agressores e foi baleada. Os criminosos fugiram em seguida, entre 21h30 e 22h.
A Polícia Militar foi chamada cerca de 30 minutos depois. Ao chegar ao local, encontrou a maçaneta do carro da vítima avariada e a porta do veículo aberta. A perna de Felipe estava dentro do carro enquanto o corpo ficou do lado de fora do automóvel. As câmeras que estavam nessa região não gravaram o crime porque não funcionavam.
Apesar de o DHPP falar em latrocínio (roubo seguido de morto), o pai de Felipe, Ocimar Florentino de Paiva, de 52 anos, afirmou na tarde de quinta, durante o enterro do filho, em Caieiras, na Grande São Paulo, que aparentemente nada havia sido roubado do filho. Na carteira do aluno estavam R$ 90 e todos os cartões. O telefone celular da vítima foi apreendido e deverá ser analisado pelos peritos da Polícia Técnico Científica.
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