TJ nega liberdade a motorista de acidente na Maurício Galli

 

Foto:Fernando Martins

A Justiça indeferiu, em duas instâncias diferentes, em Araraquara e São Paulo, o pedido de habeas corpus (liberdade) para o estudante de 23 anos responsável pelo acidente registrado na Rua Maurício Galli, no dia 10 de abril. O jovem, que estaria dirigindo embriagado, ultrapassou o cruzamento dirigindo um Corsa e bateu contra o carro de uma família. Na colisão, o lado do Prisma em que estava a estudante Carolina Mittitier, de 23 anos, bateu contra um poste e ela morreu na hora.

O advogado de defesa do estudante entrou com pedido de liberdade no Fórum de Araraquara, que foi negado pelo juiz José Roberto Bernardi Liberal, da Vara de Execuções Criminais e do Tribunal do Júri. A mesma solicitação feita em instância superior - Tribunal de Justiça, em São Paulo - também foi negada. Segundo o promotor Herivelto de Almeida, do Ministério Público, até segunda ordem, o jovem permanecerá no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Araraquara.

A situação do estudante piora um pouco porque o Ministério Público aceitou a linha de raciocínio da Polícia Civil e o denunciou pelo crime de homicídio doloso, interpretação semelhante à do juiz que, recentemente, condenou um motorista a oito anos de pena pela morte de um avô e seu neto, em acidente ocorrido em 2009, em Gavião Peixoto, conforme a Tribuna noticiou com exclusividade, no último domingo. Para o promotor, ao dirigir embriagado, o jovem assumiu o risco de se acidentar e, por consequência, matar alguém.
Repercussão
O acidente na Rua Maurício Galli teve muita repercussão porque, além de Carolina, outro jovem havia morrido na via dias antes. Moradores do bairro fizeram uma passeata de protesto pedindo mais segurança na rua. Pressionada, a Prefeitura começou a agilizar a instalação de semáforos no local. Alguns cruzamentos foram fechados, postes instalados, mas, até o momento, na prática, quase nada mudou.