A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) encerrou nesta
terça-feira os debates em torno da proibição ou não dos remédios para
emagrecer no país. Apesar de ainda não haver um posicionamento
definitivo, tudo indica que a agência vai mesmo retirar os
emagrecedores, como a sibutramina, do mercado.
Isso porque a equipe técnica da Anvisa manteve a recomendação para o
cancelamento do registro dos inibidores de apetite. O documento servirá
de base para que a diretoria colegiada da agência defina os rumos do uso
desses remédios. O presidente da agência, Dirceu Barbano, afirmou que o
relatório final deverá ser votado até o início de agosto.
A intenção de banir as drogas foi anunciada pela Anvisa em fevereiro.
Os remédios em discussão são: sibutramina, femproporex, mazindol e
dietilpropiona. Favorável à proibição, Barbano tem dito que reverteria
sua posição apenas se houvesse algum fato novo relevante durante o
painel científico internacional, realizado nesta terça-feira com
especialistas de várias áreas.
“Todas as exposições a que assistimos reforçam os argumentos usados no
nosso primeiro parecer”, afirmou a chefe do Núcleo de Notificação da
Anvisa, Maria Eugênia Cury. Em linhas gerais, esse primeiro documento
aponta que os riscos desses remédios são maiores que os benefícios da
perda de peso. Existem estudos que indicam que a sibutramina pode aumentar o risco de problemas cardíacos em pacientes com fatores de risco.