Caçada a animal misterioso movimenta cidade no interior de MG


Moradores de uma pequena cidade do interior de Minas Gerais andam assustados com uma criatura estranha que alguns garantem ter visto nas redondezas. A repórter Liliana Junger ouviu os relatos de quem está convivendo com esse mistério.
Com sol a pino, os moradores de Barra Longa (MG) dizem que o tal do Caboclo d’Água aparece na beira do rio. Seu Antônio Felipe de Resende, de 82 anos, cavaleiro corajoso, conta que já foi atacado.
“Pensei que era um gorila. Ele deixou chegar bem pertinho e depois sumiu. Eu estou com medo desse trem. Eu fui, virei as costas, e vim embora. Aí, ele segurou na minha perna e arranhou um pouquinho”, conta o agricultor.
Seu José da Costa Gomes, de 81 anos, conhecido como Zé da Mala, se protege com a fiel cadela Dayane. Mas, não teve jeito de cuidar da criação.
“Dizem que ele mamava nas vacas aí. Quando eles iam tirar leite de manhã, o Cabloco d’Água estava com um barrigão”, diz.
Outro que teve prejuízo foi o açougueiro Múcio Daniel Kfuri. “Na hora que eu cheguei em uma pedra, eu vi o Cabloco d’Água comendo o bezerro . Eu o vi fazer barulho”, revela.
São tantas as histórias, que a criatura ganhou as páginas do jornal. Tem até retrato falado.
“Eu cubro esse caso há 4 ou 5 anos. Eu divulgo mais de 30 ou 40 pessoas que viram esse bicho”, afirma o jornalista Leandro dos Santos.

E quem tirar uma foto do Caboclo, ganha uma recompensa generosa: R$ 10 mil.
“É um dinheiro bom”, avisa um morador.
Quem não pensa em dinheiro é Kenedy Sampaio. Ele diz que em uma pescaria o bicho arrancou o molinete das mãos dele.
“Não passo lá em hipótese alguma. E tanto que eu tomei tanto medo que eu não pesco mais no rio. Sozinho eu não vou não. E olha que eu sou muito corajoso, mas nesse ponto eu sou meio medroso”, confessa o funcionário público.
Mas, nas ruas de Barra Longa, tem gente que não dá bola para isso não.
“Caboclo d’Água para mim é lenda! Não acredito nessas coisas não”, garante um aposentado Silva.
Só que a maioria acredita. Tem até associação para pegar o Caboclo. Uma turma montou um aparato e tanto. Câmeras especiais, GPS, rádios. Dizem que já mapearam 30 locais por onde o bicho passou.
“É para tirar esse arrepio que está tendo no meio do pessoal daqui de Barra Longa, Ouro Preto e Mariana”, avjsa o chefe de segurança Vicente Oliveira.
Na tentativa de capturar o Caboclo d'Água várias armadilhas foram espalhadas às margens do rio. Em dois cilindros, há um líquido incolor com o cheiro capaz de atrair a criatura. Mas, para garantir que ele seja mesmo pego, alguém tem que ficar lá em cima de olho.
“Eu vim para cá bem à tardinha e fiquei a noite toda tentando fotografar ou caçar o bicho”, conta o professor Milton Brigoline.
“Vai que você topa com um bicho desses em um lugar. O que você vai fazer? Você tem que correr dele , você vai esperar ele?”, questiona o açougueiro Edmar Miguel.
Parece que o Caboclo d'água está com os dias contados.
“É quase que uma ideia fixa. Enquanto eu não pegar esse bicho eu não descanso”, afirma Brigoline.
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