Gimenez, que trabalha na CTA há 10 anos, conta que uma senhora desconhecida encontrou a carteira na rua e, entrando no coletivo, entregou a ele, que repassou para a cobradora. Patrícia resolveu abrir e constatou que havia dinheiro lá dentro. Os dois decidiram procurar os documentos do rapaz e encontraram o holerite. Assim eles descobriram onde Rafael trabalhava e o contataram para fazer a devolução, o que ocorreu ao meio-dia desta quinta-feira, em frente à Companhia.
O motorista e a cobradora justificaram o gesto com a crença de que devem tratar as pessoas como gostariam de ser tratados. "Se fosse meu dinheiro, eu gostaria que fosse devolvido", disseram, uníssonos.
Rafael não acreditou quando foi chamado para reaver os documentos e, principalmente, o dinheiro. Disse que procurou a delegacia de polícia e as estações de rádio da cidade, mas já tinha desistido. Tímido, negou-se a conferir se faltava alguma cédula, agradeceu várias vezes ao motorista e perguntou: "Quanto lhe devo pelo favor?". Gimenez não quis receber recompensa.
A assessoria de imprensa da CTA disse que a atitude do motorista foi elogiável e deve servir de exemplo a todos. Ainda lembrou que no Terminal Central de Integração (TCI) existe um setor de achados e perdidos que atende no número 3332-3356.
