Cada um conta uma versão. À reportagem, o servente diz estar morando em Araraquara há oito meses, depois de deixar a cidade natal, Cortês, em Pernambuco. No Parque São Paulo passou a morar na casa da mãe. Ele admite ter assediado a menina quatro ou cinco vezes. Também confessou ter acariciado, beijado e dado chiclete e dinheiro à menina "em troca de carinho". No entanto, nega ter mantido relação sexual.
Já a menina de 11 anos que foi abandonada pela mãe em Brotas e, desde 2009, mora com a avó paterna, diz que o servente a abordava na rua há mais um ano. "Ele me encontrava na ida para a escola e vinha falar comigo." Ela não confirmou a relação sexual, mas declarou ter sido assediada. A avó da menina, cujo nome foi preservado, desconhecia o abuso, no entanto, desconfiava de algo errado porque era comum a neta aparecer em casa com dinheiro.
Nesta sexta-feira, a estudante de 11 anos saiu para comprar pão, mas, segundo a Polícia Militar (PM), foi abordada pelo servente de pedreiro no meio do caminho. O protético Ricardo Aparecido da Silva, 28, desconfiou do acusado e ficou vigiando-o. "Eu vi ele puxar a menina pelo braço e levar atrás de uma máquina. Achei estranho e quando ele deu um beijo na boca dela eu corri e o segurei. Liguei para a polícia porque isso está errado."
Segundo a PM, ao ser detido, o servente mantinha alguns chicletes no bolso e um preservativo. Ao Araraquara.com, o acusado confirmou que daria o doce à menina. Ele, porém, não explicou porque carregava o preservativo. A delegada Meirelene de Castro, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), diz que, apesar do flagrante de estupro de vulnerável - válido quando existe o ato libidinoso -, a investigação vai continuar.
O servente será levado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra Azul, na região de Ribeirão Preto. O presídio é destinado a homens acusados de crimes sexuais.
Por: Araraquara.com
