Fiat Mille volta a ser o mais barato do Brasil

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A Chery não pode mais se vangloriar de ter o carro mais barato do Brasil. A marca chinesa decidiu fazer um reajuste no subcompacto QQ, para aproveitar os bons números de vendas, e agora o primeiro lugar voltou para o Fiat Mille Economy.
O QQ teve um aumento de preço de R$ 1.000 e agora custa R$ 23.990. O modelo não teve nenhuma alteração de configuração ou novidades, o reajuste foi baseado mesmo em aumento de faturamento, chamado pela Chery de estratégia. Em terceiro lugar está o novo Ford Ka, que acabou de ser reestilizado e custa iniciais R$ 24.500.
A partir do Ka, o ranking dos modelos de entrada do Brasil já dá um salto maior na direção da casa dos R$ 25 mil. O Renault Clio custa R$ 25.050, o Chevrolet Celta custa R$ 26.350, o Volkswagen Gol G4 sai por R$ 26.450, e Fiat Uno novo é vendido por R$ 26.650. Todos estes têm duas portas, o QQ é o único entre os "populares" que mantém o preço baixo mesmo com quatro portas.

Conheça o Chery QQ:


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O menor preço do mercado, uma grande lista de equipamentos e um desenho simpático. Será o Chery QQ o mais novo negócio da China, no Brasil? A resposta é talvez. Na curta avaliação promovida pela Chery no Rio, o QQ mostrou ser um carro de fases. Há coisa boas e ruins na mesma proporção e a nota na prova final é 5, bem em cima do muro, ou melhor, da muralha.
Começamos a sabatina pelo visual e acabamento, sempre o calcanhar de Aquiles dos carros chineses. Entramos no veículo e a primeira impressão não foi legal: só na terceira batida, já com certa ignorância, a porta fechou por completo. Culpa da borracha nova? Pode ser, pode não ser...não pode! No entanto, o acabamento surpreendeu. Há muito plástico, óbvio, assim como não há nada luxuoso e bonito, mas em compensação não temos a impressão de interagir com algo vagabundo, ou seja, o padrão é o mesmo de seu principal concorrente, o Fiat Mille.
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O painel digital de instrumentos lembra o de motos esportivas e é de fácil leitura. Já a ergonomia é certinha, com bom espaço para o motorista. No entanto, os três ocupantes traseiros que a Chery jura que o QQ leva precisam estar de jejum há um ano. São dois no máximo e mesmo assim repletos de calor humano, bem juntinhos. Na posição de dirigir, algumas ressalvas: os pedais são muito juntos (o da embreagem é o mais baixo que já vimos) e o bancos são macios demais, fator complicador para viagens mais longas.
Chega a hora de ir para a pista, e não é que o QQ se sai bem. O motor 1.1 16V a gasolina de 68 cv a 6.000 rpm e o torque de 9,1 kgfm entre 3.500 e 4.000 rpm não era dos mais animadores na ficha técnica. Mas o baixo peso, de apenas 890 kg, combinado com uma boa relação de marchas dão ao QQ um desempenho interessante para sua categoria. A pouca precisão dos engates das marchas tenta estragar a festa, mas mesmo nas retomadas o propulsor permanece cheio e valentinho, culpa do torque já presente aos 3.500 rpm.

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Mas convém não abusar, já que chega a hora das curvas e aí é um pega para capar. A suspensão é mole demais (ao gosto chinês) e o QQ parece uma balsa. O certo é esquecer as curvas fechadas e conduzir o carrinho no esquema “nana neném”, no balancinho seguro proporcionado pelos airbags e pelo ABS de série. Por falar nos freios, antes do ABS entrar em ação a sensibilidade é baixa, mas isso é questão de ajuste fino nas concessionárias na hora da revisão, nada demais.
Fora os equipamentos de segurança citados, o QQ traz direção hidráulica, ar-condicionado, alarme, abertura interna do tanque e do porta-malas (de apenas 190 litros), toca CD com MP3, entrada USB e SD, rack de teto, ajuste de altura dos faróis e trio elétrico, entre outros. Muito mais coisas que seus concorrentes e pelo preço de R$ 22.990, o menor do mercado automotivo brasileiro. Assim, devagarinho, os carros chineses, marca a marca, vão seduzindo a parte mais sensível dos brasileiros, o bolso. As montadoras ocidentais devem estar de olhos arregalados.

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Curtas:
A Chery vendeu 7.800 carros em 2010. Para 2011, planeja 25 mil, sendo 12 mil QQ.
Há hoje 74 concessionárias Chery no Brasil, número que vai pular para 100 até o fim de 2011.
A primeira revisão do QQ, aos 2.500 km, custa R$ 99,00. São três anos de garantia.
Ainda este ano a Chery lançará Tiggo e Cielo com câmbio automático, e o Fullwin 2, primeiro Flex da marca.
O QQ ganhará motor Flex em 2012, adaptado pela Magneti Marelli.
As obras para a fábrica da Chery em Jacareí, São Paulo, vão começar em meados de julho deste ano.

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