Rafinha Bastos, do CQC, será investigado por polêmicas declarações sobre estupro

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) pediu abertura de inquérito policial contra o humorista Rafinha Bastos, do CQC (Band), para apurar uma suposta prática de incitação ao crime e de apologia ao estupro após as polêmicas declarações dele num show de stand-up comedy e reproduzidas na edição de maio da revista Rolling Stone brasileira.
Na ocasião, Bastos disse que "toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra c... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus". E foi além, dizendo que o homem "que cometeu o ato merecia um abraço, e não cadeia".
O pedido de inquérito foi feito pela promotora de Justiça Valéria Diez Scarance Fernandes, coordenadora do Núcleo de Combate à Violência Doméstica e Familiar de São Paulo. Ela encaminhou nesta quinta-feira (7) um ofício ao delegado-diretor do Departamento de Polícia Judiciária (DECAP), Carlos José Paschoal de Toledo, pedindo a abertura do inquérito contra o humorista.

No documento, Valéria diz que Rafinha compara publicamente o estupro a "uma oportunidade" para determinadas mulheres e o estuprador a um benfeitor, digno de “um abraço”. Em nota, a promotora se justificou:
- O estupro é um crime. O estuprador é um criminoso que deve ser punido e não publicamente incentivado.

A requisição de instauração de inquérito é resultado de representação feita à Promotoria de Justiça pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Thais Helena Costa Nader.

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