Dafra Roadwin 250 é importada da Coreia do Sul e montada no Brasil |
O segmento de motos "esportivas de entrada” ganhou mais uma integrante. Já vendida nas concessionárias Dafra desde janeiro, a Roadwin 250R foi apresentada oficialmente na última quarta-feira (8), tendo como principal apelo o preço, cerca de 20% inferior ao das rivais Kawasaki Ninja 250R e Kasinski Comet GT 250 R.
Mesmo assim, a marca aposta alto na novidade: espera obter 30% de participação nesse mercado, que, segundo a empresa, deve atingir 1 mil unidades vendidas mensalmente. Em janeiro, a Kawasaki vendeu 324 Ninja e a Kasinski comercializou 304 exemplares da Comet. A Dafra ainda não tem os dados referentes aos exemplares da Roadwin vendidos no mês passado.
Esportiva para iniciantes
O G1 experimentou o lançamento da Dafra em um circuito fechado em Indaiatuba, cidade do interior paulista a 79 km da capital. Importada da Coreia e montada no Brasil por meio do processo conhecido como CKD (Completely Knocked-Down, ou desmontada completamente), a Roadwin é resultado de um acordo entre a coreana Daelim, também parceira da Hyundai, e a Dafra.
Há algumas diferenças em relação ao modelo vendido em outros países (alguns do exigente mercado europeu, como Espanha e Portugal). A parte traseira foi totalmente modificada. De acordo com a engenharia da marca, a ideia era oferecer um visual mais agressivo. Componentes como freios e suspensão, além da injeção eletrônica, também foram adaptados. Peças como piscas, rolamentos, pneus, pastilhas de freio, corrente, coroa e pinhão são compradas de fornecedores brasileiros.
Traseira da versão para o Brasil é diferente do modelo para outros países (Foto: Divulgação) |
Durante o trajeto foi possível perceber que o motor de 24 cv de potência a 9.000 rpm e 1,9 kgfm de torque a 7.000 rpm responde bem aos comandos e retoma com competência em subidas, mas não traz a “pegada” esportiva encontrada, por exemplo, no bicilíndrico da Ninja 250R. O ronco é discreto, mas diferenciado (mais grave) em relação a modelos de 250 cm³ sem apelo esportivo. Como acontece nas rivais, é muito visual para pouca potência.
Pedaleiras raspando
Como a avaliação foi realizada em um autódromo, um dos objetivos era andar rápido para verificar o comportamento da Roadwin em frenagens e contornos de curva.
Freios têm bom "tato" |
O ponto negativo em uma condução esportiva são as pedaleiras e o cavalete central da Roadwin, que raspam com facilidade quando se inclina bastante nas curvas. É preciso ficar atento para não se assustar (as pedaleiras são feitas para isso e têm raspadores na parte inferior) e, em casos mais extremos, até mesmo sofrer um acidente.
Para quem vai de passageiro, o banco com tecido de maior aderência ajuda a evitar deslocamentos em frenagens e acelerações, mas o espaço é pequeno e desconfortável.
Bom acabamento
As cores escolhidas pela Dafra para a Roadwin são típicas de esportivas: branca e vermelha. Em ambas, o adesivo que contorna a roda vem de série – esse item é outro "herdado" das esportivas de maior cilindrada.
Painel e comandos de faróis e ignição são simples demais (Foto: Divulgação) |
Pedaleiras raspam com inclinação nas curvas: cuidado para não se assustar |