Dilma deverá terminar megaobras de infraestrutura


Reeleita presidente da República, Dilma Rousseff assumirá um novo mandato em 1º de janeiro de 2015 com o desafio de concluir três grandes obras de infraestrutura consideradas fundamentais para a economia brasileira.

A transposição do Rio São Francisco, no Nordeste, destinada a expandir o abastecimento de água na região, tem conclusão prevista até dezembro. A usina hidrelétrica de Belo Monte, na região amazônica, para fornecimento de energia elétrica, deverá ter ao menos uma turbina rodando até fevereiro. Na área de transportes, a ferrovia Norte-Sul, "espinha dorsal" do sistema ferroviário, deverá ter 62% de sua extensão pronta até o fim do ano que vem.
Todas as metas estão previstas no cronograma do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado em 2007 por Dilma, então ministra da Casa Civil no governo Lula. Na visão de especialistas ouvidos peloG1 Independentemente de quem se eleger, os empreendimentos não poderão parar.No setor privado, há reclamação constante sobre as pressões do governo para baixar o retorno dos investimentos realizados por parceiros privados em empreendimentos a serem operados por concessão pública.

Presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, empresa de consultoria especializada no setor de energia, o economista Adriano Pires defende uma "rentabilidade adequada, de forma a atrair os melhores representantes para o setor".
Para ele, ao resolver fazer "populismo" exigindo tarifas baixas para a comercialização da energia de Belo Monte, o atual governo afugentou algumas empresas. "Os projetos licitados têm baixa taxa de retorno, o que os torna pouco atrativos para as melhores empresas do setor, o que também compromete o bom andamento da obra", diz.
Fernando Marcondes, sócio da L.O. Baptista-SVMFA, escritório de advocacia especializado em consultoria jurídica na área empresarial e de infraestrutura, concorda, principalmente se o próximo governo for obrigado a economizar nas despesas para controlar as contas públicas, com o chamado "ajuste fiscal".
"Se o governo não tem o dinheiro, tem que conceder à iniciativa privada, mas tem que dar garantias, porque a iniciativa privada vai fazer o investimento no lugar do governo", diz o advogado.
Além de retorno mais favorável aos empresários e melhor gerenciamento, Adriano Pires também vê necessidade de que as áreas ambiental e de infraestrutura "conversem, de modo a chegar num modelo que atenda as necessidades de ambas".
Ele diz que impasses na área  têm sido um "gargalo" para o setor e, no caso específico de Belo Monte, geraram aumento de custo e atrasos.
Por: G1


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