Barbieri quer salário de R$ 18 mil‏

                 Mesmo com o enorme déficit financeiro e com restos a pagar de quase R$ 80 milhões, o chefe do executivo quer elevar seu salário para R$ 18 mil e  também majorar os salários dos Secretarios Municipais, ainda não divulgaram oficialmente os valores, nos bastidores falam em algo superior aos R$ 7 mil, a justificativa para o trem da alegria: suposta necessidade de aumentar os salários dos médicos da rede pública. No caso do alcaide um pequeno detalhe, o ex-deputado araraquarense recebe aposentadoria proporcional de parlamentar que neste ano já teve reajuste de mais de 62% (Marcelo recebe algo em torno de R$ 15 mil), sem falar no plano de saúde vitalício que é pago para os ex-deputados e é extensivo para os familiares. Lá em Brasília e aqui, o dinheiro público prossegue mantendo privilégios inaceitáveis. Quase nada mudou!
Em tempo: quem vai decidir é a Câmara Municipal...
saudações

Vermelho

segue abaixo matéria chapa branca do Jornal Tribuna Impressa sobre o assunto...

Para garantir médicos na rede pública, salário do prefeito será reajustado

Valor da remuneração do chefe do Executivo poderá chegar a R$ 18 mil; aumento não valerá para vereadores 

 

Sem reajuste há dez anos, o último foi em 2000, o salário do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) deve ser reajustado pela Câmara Municipal e poderá chegar a R$ 18 mil mensais; atualmente, ele recebe R$ 9,8 mil. Este valor não foi confirmado oficialmente nem pela Prefeitura nem pela Câmara.
Para que isso ocorra, desde dezembro do ano passado, está tramitando na Câmara uma Proposta de Emenda Organizacional, que altera artigos da Lei Orgânica do Município (LOM) e autoriza o reajuste salarial do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais fora de época. Normalmente, os salários são reajustados no último ano de cada legislatura, junto com o subsídio pago aos vereadores.
A Prefeitura alega que sugeriu a alteração na LOM para possibilitar o aumento das horas trabalhadas pelos médicos da rede municipal. Segundo a assessoria de imprensa, os médicos querem trabalhar mais horas, mas não podem, porque o teto salarial dos funcionários públicos é o salário do prefeito.
Em comunicado publicado nos Atos Oficiais na última quarta-feira, a Prefeitura divulgou a relação dos valores de remuneração dos cargos e empregos públicos.
De acordo com a publicação, a remuneração de médicos do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (acupunturista, ginecologista, homeopata, psiquiatra e pediatra) pode chegar a R$ 9.982,97. A publicação aponta que o menor valor nesta categoria é de R$ 4,2 mil.
Congelado
A última vez em que os salários do prefeito e do vice foram reajustados foi em 2000, quando os vereadores aprovaram aumento de R$ 7,8 mil para R$ 9,8 mil. O salário do vice-prefeito subiu de R$ 3,7 mil para R$ 4,9 mil.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, o valor que a Prefeitura pagava aos médicos horistas em 2000 era bem menor que o atual.
Como o salário do prefeito ficou congelado durante esse tempo, agora é necessário que seja reajustado para que os médicos da rede pública não ganhem mais que o chefe do Executivo.
O projeto está na pauta do Legislativo em dezembro do ano passado e, conforme determina o Regimento Interno, deverá permanecer por mais duas sessões para depois ir à votação em mais duas sessões. Os salários dos vereadores não serão aumentados; cada um recebe mensalmente R$ 5 mil.

Não há valor definido, diz presidente da Câmara
Aluísio Braz, Boi (PMDB), presidente da Câmara Municipal, afirma que a remuneração do prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) deverá ter reajuste, mas garante que não há valores definidos.

De acordo com ele, "o projeto está em tramitação desde o ano passado como determina o Regimento Interno da Câmara, mas não haverá qualquer aumento no salário do prefeito sem uma discussão com todos os vereadores".

Boi confirma que o assunto vem sendo tratado e que o próprio prefeito se comprometeu a conversar com a Câmara antes da definição do percentual de reajuste. "Não tem nada certo quanto a valores, isso não foi nem falado ainda", garante.

Segundo o presidente da Câmara, o reajuste salarial do prefeito é uma das alternativas para a fixação de médicos na cidade. "É uma possibilidade, mas eu sei que a Prefeitura trabalha para encontrar outras alternativas", diz.

Na opinião dele, é preciso encontrar uma maneira para estimular os profissionais a ficarem na cidade. "O que não pode é Araraquara perder médicos para outras cidades, algumas menores que a nossa, porque os prefeitos ganham mais que aqui e a remuneração dos médicos pode ser maior", declara. (Luís Fernando Laranjeira)

 

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