Motos estão em 75% dos acidentes graves, segundo o DPVAT

Pelo menos 75% dos acidentes de trânsito graves, que terminam em mortes ou internações, envolvem motociclistas. Como os riscos são maiores para quem trafega sobre duas rodas, é sempre importante ser cauteloso.
Até setembro deste ano, na área urbana e nas estradas de Araraquara, 23 pessoas morreram por acidentes de trânsito e houve 319 lesões corporais. No ano passado inteiro, foram 24 mortes e 389 lesões. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo e não especificam os veículos envolvidos.
Mas, de acordo com a Líder, administradora do seguro obrigatório (DPVAT), 75% das indenizações pagas são para vítimas de ocorrências envolvendo motos. Esse tipo de acidente, segundo o coordenador de Mobilidade Urbana de Araraquara, Coca Ferraz, tem risco 30 vezes maior.

São três os motivos principais. “As motos têm duas rodas e estão mais sujeitas a quedas e à perda de direção; são menores e menos visíveis, muitas vezes ficando no ponto cego do carro; e o corpo do motociclista sofre impacto direto, enquanto o carro sofre desaceleração pelo choque com a estrutura metálica”, diz Coca.
Em um desses últimos acidentes graves, Wellington Luiz Branquinho, de 33 anos, morreu após perder o controle na rua Maurício Galli, no Jardim Imperador, e chocar-se contra uma árvore do canteiro central. O Samu foi acionado, mas os socorristas nada puderam fazer.
Além da Maurício Galli, outros pontos com acidentes frequentes são a avenida Padre Francisco Salles Colturato (avenida 36) e a avenida Maria Antônia Camargo de Oliveira (Via Expressa).

Cuidado
Por causa desses riscos, os cuidados do motociclista devem ser redobrados. O principal deles é com relação à velocidade. “Os motociclistas correm bastante, a gente vê nas ruas. Eles devem respeitar o limite”, afirma Coca.
Já segundo o delegado seccional Fernando Giaretta, a imprudência no trânsito é de todos.
Uma das ações da Prefeitura nesse sentido é a instalação de novos semáforos pela cidade, controlando o fluxo. “Atuamos em três áreas: engenharia (semáforos), educação (nas escolas, levando a mensagem para as crianças) e fiscalização (triplicamos o número de vias monitoradas com radares móveis)”, diz o coordenador.
Ainda segundo Coca, o número de vítimas fatais no trânsito, considerando só a área urbana de Araraquara, em 2012, era 20.
Para 2014, com a projeção sobre o aumento porcentual da frota, isso representaria 25 mortes, mas a estimativa é que o ano termine com dez. No caso das internações, de 200 em 2012, este ano deve fechar com 120 (80 a menos). Essa queda nas internações deve fazer com que os gastos da sociedade com as vítimas caiam de R$ 30 milhões para R$ 15 milhões, estima Coca.
A frota de motocicletas na cidade cresceu de 32.396 em setembro de 2013 para 33.494 no mesmo mês deste ano, conforme dados do Denatran. Já o número total de veículos saltou de 153.472 para 161.432.

Por:  Celso Luís Gallo - Araraquara.com

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