CER do Vale do Sol tem redução de 43% do lixo orgânico

O projeto Lixo Zero da República Dominicana, apresentado por Renata Lordello em Araraquara no ano passado, já está sendo aplicado no Centro de Educação e Recreação - CER Ricardo Caramuru de Castro Monteiro (CAIC do Vale do Sol) há quase dois meses. Segundo a autora da proposta de redução da produção do lixo, inicialmente, nas unidades de ensino infantil da cidade, o CAIC foi escolhido para desenvolver o projeto piloto pelo fato de ter uma ampla estrutura física e grande envolvimento com a comunidade local. Durante esse período de apresentação do assunto e conscientização dos profissionais da escola, bem como de pais e alunos, a escola já conseguiu baixar os índices de produção de lixo em 43%.

O foco inicial era eliminar o desperdício de alimentos, uma vez que, como pode ser observado no gráfico, quando o projeto estava para ser implantado no CER, dos 68 kg do total de lixo proveniente de um dia, 53 kg referiam-se a material orgânico. Desse número, 4 kg eram de cascas de frutas e legumes e outros 5 kg, de folhas. Hoje, além de o total de lixo ter sido reduzido para 45 kg, a quantidade de lixo orgânico representa aproximadamente 30 kg.

A diretora da escola, Maria José da Silva Julio, surpreendeu-se com o fenômeno porque o começo do projeto coincidiu com o início do período letivo do CER, o que significa que o número de alunos que estavam sendo atendidos era menor. Outro ponto por ela destacado refere-se ao período em que essas crianças permaneciam na escola: “Em se tratando de no começo do ano existir uma fase de adaptação do aluno, o tempo que elas gastavam aqui era muito menor do que hoje e, consequemente, era para se estar produzindo pouca quantidade de lixo, mas como analisamos, não era bem essa a realidade”, afirmou Maria José.

O vereador Elias Chediek (PMDB) acompanha o andamento do projeto desde sua primeira apresentação e se dispôs a participar da implantação. “Vocês do Vale do Sol são privilegiados por poderem estar contribuindo para um mundo mais sustentável. Aqui, existe equilíbrio e sensibilidade para se colocar em prática tudo aquilo que foi informado, e é por isso que vemos, hoje, os bons resultados”, relatou Chediek.

Renata Lordello também parabenizou a escola pelo sucesso lembrando que são com pequenas ações que se faz a diferença. “O problema do lixo é como uma hemorragia que não podemos estancar simplesmente com o dedo. É necessária a conscientização, principalmente dos pequeninos, porque dessa forma é possível levar para dentro de casa os ensinamentos adquiridos na escola e, futuramente, para a sociedade como um todo”, explicou a autora do projeto.

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