Sobram buracos e falta acostamento na Vicinal de Bueno

Por Gabriela Martins Foto: Moisés Schini/Tribuna Impressa

Usuários da Rodovia Vicinal Graciano da Ressurreição Affonso, que liga Araraquara ao distrito de Bueno de Andrada, reclamam da grande quantidade de buracos e da falta de acostamento ao longo de 20 quilômetros da via.
Segundo o Secretário de Trânsito e Transportes, Cid Monteiro de Barros, algumas melhorias foram feitas ao longo do ano, mas o problema do asfalto deve ser resolvido apenas em 2012, com o recapeamento completo da vicinal, que deve ocorrer graças a repasses do Governo do Estado.
Usuário da vicinal há mais de 20 anos, Rogério de Paula Germano, 36, lavrador, diz ter visto diversos acidentes causados pelas más condições da pista. "Por causa desses buracos, já estourei pneu e tive de fazer alinhamento e balanceamento duas vezes em apenas um mês. Durante as eleições, os políticos vêm aqui e prometem melhorias para a vicinal, porém, nada é feito", reclama.

‘Pedágio para quê?’
Paulo Martinez, de 29 anos, tratorista, questiona a existência do pedágio diante das condições da pista. "Não entendo por que tem pedágio nesse trecho. De Bueno a Matão, o trecho é ótimo, bem cuidado. Mas, de Bueno a Araraquara, o trecho é horrível. Já vi muitos acidentes por aqui", afirma. Morador de Bueno de Andrada, Martinez faz o mesmo caminho há mais de dez anos. "Eles disseram que colocariam o pedágio para melhorar. Porém, vem ocorrendo o inverso. A vicinal vem piorando de uns tempos para cá", conta.

Cidade aguarda repasse para recapeamento
Segundo o Secretário de Trânsito e Transportes de Araraquara, Cid Monteiro de Barros, o Município não teria condições de fazer o recapeamento da vicinal com recursos próprios, por isso, aguarda verba do Estado para 2012. "Passam pela vicinal uma média de 5,5 pessoas por dia, o que gera uma arrecadação de R$ 700 mil. Ele é gasto com reparos, mas fica difícil fazer o recapeamento completo, que custaria em torno de R$ 6 milhões", diz.

Eu vi
"Hoje uma garota estava vindo pela vicinal, quando seus dois pneus estouraram nos buracos. Como a via não tem acostamento, ela veio forçando o carro até chegar aqui no Distrito. Chegou chorando, pois estava com medo de que alguém batesse no carro dela enquanto tentava chegar. Nessas horas, acostamento faz falta".
Rogério de Paula Germano
(lavrador)