Acessibilidade para portadores de deficiência avança em Araraquara

Dia desses uma pessoa que prefere não se identificar foi a uma reunião no auditório  da Acia. Os vários lances de escada eram intermináveis exigindo da mesma um bom condicionamento físico. Uma outra vez foi no prédio da Assistência Social. Só se chega à sala do secretário via escadas. Veio-lhe à mente o problema da acessibilidade: as calçadas estão sendo rebaixadas, estão sendo construídas rampas nos prédios, as pessoas estão respeitando as poucas vagas destinadas aos deficientes? Os prédios públicos estão sendo adaptados para receber os portadores de deficiência?
Para a assessora de Políticas Públicas, Elisa dos Santos Rodrigues, a acessibilidade vem se ampliando cada vez mais, embora tenha ainda muito que melhorar. “Essa questão avançou muito, principalmente em relações aos prédios públicos”, diz. Ela que conta que, inclusive, que tem observado que as inaugurações de novos prédios têm a acessibilidade para pessoas com deficiência garantindo às mesmas o direito de ir e vir.

Elisa também cita a lei federal 10.098, de 19 de dezembro de 2000, onde todos os bairros novos têm que ter rebaixamento de guia e calçadas de lotes localizados nas esquinas de vias públicas, com rampa acessível, bem como o planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. “Essa preocupação tem avançado muito, pois há muitos prédios que são tombados pelo Patrimônio Público, mas no Conselho Estadual, do qual faço parte, também estamos conversando sobre isso, pois pode ser tombado, mas a pessoa com deficiência também tem direito de ter acesso àqueles locais, ou seja, lutamos por determinadas intervenções nos prédios para garantir a acessibilidade não só da pessoa com deficiência, mas de todos, o chamado direito universal”.

A assessora ressalta que o caso do piso táctil para deficientes visuais, que só existe na área central de Araraquara, está sendo estudado e que está trabalhando num projeto sobre a questão. “Também estamos estudando para que todas as avenidas e ruas possam ter esse piso táctil”.

Para Elisa, hoje Araraquara tem avançado muito nas políticas públicas para as pessoas portadores de deficiência. “Acredito que a sociedade araraquarense vem respeitando e olhando o deficiente com outro olhar, vendo-o como cidadão e esse respeito é muito importante”, diz. Ela informa que também realizam palestras e seminários sempre envolvendo a questão da acessibilidade e com convidados portadores de alguma deficiência. “Convidamos também pessoas sem deficiência para assistir com o objetivo de valorizarem o trabalho desses palestrantes”.

Unica coisa que eu mesmo pude ver é que na Santa Casa na parte de Raio-X (Rua Carlos Gomes) não existe uma rampa nas calçadas, dificultando até quem está usando muletas para chegar no mesmo e a rampa para entrar na sala mais parece uma montanha russa de tão alta que é.

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Criado com a intenção de unificar as notícias mais importantes de Araraquara, região, Brasil e mundo.Créditos da imagem: Núcleo de Artes Visuais de Araraquara