A medida, confirmada ontem pela assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Transportes, e também pelo assessor da Casa Civil do Estado, Jaime Gimenes, integra os estudos iniciados em março pelo Governo para a revisão do modelo de concessão das rodovias estaduais. O órgão ainda não fixou prazos para iniciar os testes, mas já adquiriu dois equipamentos que permitem a utilização desse sistema.
A possibilidade de inclusão da SP-310 na avaliação ocorreu após uma reunião entre o secretário de Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, com o vereador de Matão Agnaldo Navarro (PDT) e Jaime Gimenes. Na pauta estava a dificuldade enfrentada por moradores de Araraquara e de Matão por conta do valor praticado pelo pedágio que separa as duas cidades. Eles levaram a ideia de se retomar o projeto de construção de uma nova praça em Ibaté. "Era previsto no projeto inicial de concessão e, como isso não ocorreu, o valor ficou concentrado no posto de cobrança de Araraquara e também nos demais", explica Gimenes.
No entanto, segundo o assessor da Casa Civil, a nova unidade foi descartada. "O secretário disse que não seria necessário o posto de tarifa em Ibaté porque a cobrança passaria a ocorrer por quilômetro rodado", explica Gimenes.
Reportagem publicada recentemente pela Tribuna Impressa e pelo portal Araraquara.com mostrou que, se a cobrança de pedágio na Rodovia Washington Luís fosse feita seguindo os parâmetros de quilômetro rodado, os motoristas de Araraquara e Matão pagariam 60% a menos para transitar entre as duas cidades pela SP-310 - apenas R$ 4,99, - no sistema bidirecional.
Para chegar à tarifa atual de R$ 12,40, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado (Artesp) afirma aplicar um índice de R$ 0,142638, multiplicado por pouco mais de 80 quilômetros da pista sob responsabilidade deste posto.
Prejuízos
Para o vereador Aguinaldo Navarro (PDT), de Matão , a praça de pedágio localizada no trecho regional da Washington Luís funciona como "barreira" para os moradores que precisam transitar entre Araraquara e sua cidade e também prejudica a economia regional. "Essas pessoas só têm como alternativa a precária vicinal de Bueno", destaca Navarro.
Estado estuda cobrança eletrônica
A mudança do sistema de cobrança de tarifa, segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), integra os estudos para a revisão dos contratos de concessão dos pedágios em todo o Estado.
De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, já no ano que vem os valores das tarifas passarão a ser atualizados levando em conta o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No dia 26, o órgão apresentará uma parte desses estudos, mas a estimativa é de concluir a revisão dos contratos.
