Polícia do Rio conclui investigação do caso de bebê que teve o olho colado

A delegada Martha Isabel Cavalleri, titular da 41ª DP (Tanque), afirmou na manhã desta terça-feira (17) que já concluiu as investigações sobre o caso do um bebê de 1 ano que teve o olho grudado por uma cola cirúrgica em atendimento no Hospital Rios D'Or, na Freguesia, na Zona Oeste do Rio. Segundo ela, a médica cirurgiã Raquel Pedrosa, que atendeu o menino, vai responder por lesão corporal culposa (quando não há intenção).
O caso ocorreu no dia 3 de julho, depois que Bruno Lima Furtado levou um tombo em casa e teve um pequeno corte no supercílio. De acordo com a policia, se condenada, a médica pode pegar de três meses a um ano de prisão. A criança já está em casa e passa bem.
A delegada explicou que por se tratar de um delito considerado de menor potencial ofensivo, não houve a necessidade de instauração de inquérito. De acordo com ela, o processo deve ser encaminhado ao Juizado Criminal de Jacarepaguá ainda nesta semana.
"Hoje vamos preparar um relatório final. O processo já esta todo concluído. Todas as diligencias já foram feitas e a única coisa que vai ficar faltando é o exame complementar que será feito em até 30 dias, mas isso não impede que o processo chegue ao Juizado. Quando ficar pronto, o laudo deste exame vai direto para a Justiça, sem precisar passar pela policia", disse.
Antes de ser atendida pela cirurgiã, a criança foi encaminhada primeiro para uma pediatra, que disse que Bruno estava bem. A médica usou uma cola cirúrgica no supercílio do menino, só que caiu no olho dele e as pálpebras ficaram grudadas. A médica alega que a cola atingiu o olho do menino acidentalmente.

Laudo confirmou lesão corporal

Na segunda-feira (16), o oficial de cartório Renato Conti, da 41ª DP, disse que o laudo do exame do Instituto Médico Legal (IML) feito na criança confirmou que houve lesão corporal, porém, os peritos não apontam se o ferimento vai deixar sequelas. Por isso, a polícia pediu um laudo complementar.
"O laudo confirma o ferimento por queda no supercílio esquerdo e que foi feito no menino um curativo com cola que acidentalmente escorreu para o olho. O documento também ressalta que após o atendimento oftalmológico não foi constatado comprometimento do globo ocular”, disse.
Em depoimento na quarta-feira (11), segundo a polícia, a médica cirurgiã Raquel Pedrosa alegou que houve um acidente no momento da aplicação da cola cirúrgica e que o menino passou a mão no olho durante o procedimento, o que teria feito a cola escorrer. No entanto, os pais da criança alegam que ela estava dormindo o tempo todo.
Ainda de acordo com Renato Conti, o processo também será encaminhado para o Conselho Regional de Medicina (Cremerj), para que ele avalie se a médica tem condições de continuar exercendo a função: “Queremos que eles abram um procedimento administrativo para que ele verifique se ela pode continuar exercendo a medicina”, disse.
Na segunda-feira, a pediatra que fez o primeiro atendimento no menino prestou depoimento. Segundo a delegada, a medica confirmou que apenas fez a triagem, constatando o ferimento no supercílio, e que encaminhou o menino à Dra. Raquel porque era ela quem estava de plantão.
Ainda de acordo com Renato Conti, o inquérito também será encaminhado para o Conselho Regional de Medicina (Cremerj), para que ele avalie se a médica tem condições de continuar exercendo a função: “Queremos que eles abram um procedimento administrativo para que ele verifique se ela pode continuar exercendo a medicina”, disse.
 

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