O bairro do Santana, na Região Noroeste da cidade, é o que registrou
maior número de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da
dengue, segundo mapeamento da Coordenadoria de Vigilância em Saúde.
No Santana, local da primeira morte em decorrência da doença na cidade
neste ano, foram encontradas 161 residências com focos do mosquito. Além
disso, o bairro fica na Região 7 — de acordo com a organização da
Vigilância —, a segunda com maior Índice de Breteau (utilizado para
medir a quantidade de focos do mosquito por residência — lá, a cada cem
casas visitadas, 2,47 tinham focos do vetor.
Na sequência da lista por bairros, aparecem o Santa Angelina e o
Centro, com 77 focos do mosquito cada um, e o São Geraldo, com 62. O
primeiro bairro pertence à Região 9, com Índice de Breteau 1,78, e o
terceiro está na Região 8, com 1,83. O Centro fica na mesma área do
Santana.
A maioria dos criadouros foi encontrada em pratos e vasos de plantas — 1037 de um total de 2340.
O coordenador de Vigilância em Saúde, Feiz Mattar, reforça que a
Prefeitura está investindo pesadamente em técnicas para redução do Aedes
aegypiti na cidade. Segundo ele, neste ano já foram realizadas 38.284
vistorias, 6.481 nebulizações e 328 visitas em imóveis especiais. "O
nosso planejamento é não parar de trabalhar contra os focos de dengue
durante todo o ano, vamos potencializar o trabalho de retirada desses
locais."
Mas, segundo Juliano Corbi, especialista em insetos aquáticos, não basta
encontrar e retirar os focos. Neste caso, como existem muitas larvas do
mosquito, é preciso fazer pesquisas sobre a sobrevivência dele.
Prevenção
O único meio de prevenir-se contra a dengue é evitar o nascimento do
mosquito Aedes aegypti, já que não existem vacinas ou medicamentos que
combatem a contaminação. Para isso, é preciso eliminar os lugares que
eles escolhem para a reprodução.
A regra básica para prevenir a proliferação do mosquito causador da
dengue é não deixar água limpa parada em qualquer tipo de recipiente —
vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas ou
pneus.
A proliferação do mosquito é rápida — em 45 dias de vida, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.